Sob o lema ‘aumentar salários e pensões, garantir direitos, combater a exploração’. centenas de pessoas associaram-se esta quarta-feira à União de Sindicatos de Braga (USB) para comemorar do Dia do Trabalhador, que, como é tradição, decorreu no largo do Toural, em Guimarães.
Depois de lembrar que a comemoração do 1º de Maio em liberdade “é uma conquista de Abril”, Joaquim Daniel, secretário coordenador da USB, sublinhou que “Abril e Maio são inseparáveis da luta do nosso povo. Tudo o que conquistamos, os direitos, a liberdade, a valorização do nosso trabalho, os avanços imensos conquistados, todos eles são também conquistas de Maio”.
Afirmando que a mudança de Governo não significa mudança de políticas, o dirigente da USB alertou para as consequências da revisão das leis do trabalho, a pretexto de “um maior dinamismo na concertação social”.
“Conhecemos bem o programa do Governo e o que ele comporta. Mais exploração, mais precariedade, mais desregulação dos horários e, claro, menos salário”, atirou.
Sobre a proposta da AD de um salário mínimo mil euros em 2028, Joaquim Daniel afirmou que “está à vista de todos a quem é que esta medida interessa e não é aos trabalhadores”.
“Perante uma vida cada vez mais difícil perpetua-se uma política de baixos salários e de aumento das dificuldades”, frisou, recordando que a CGTP reivindica um aumento dos salários de 15% e um salário mínimo de mil euros “já este ano”.
A redução do tempo de trabalho para as 35 horas semanais “sem perda de retribuição”, é outra proposta da CGTP.
Joaquim Daniel terminou a sua intervenção com um apelo à luta: “É imperioso prosseguir e intensificar a luta porque é urgente uma ruptura, uma real mudança, que coloque o país a produzir e a crescer, que garanta a todos os que querem viver e trabalhar, as condições que hoje são negadas”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)
Foto CGTP-IN