O presidente da Câmara de Braga reafirmou que as cidades têm um “papel fundamental” na definição de políticas de migração, lembrando que o número de pessoas deslocadas tem vindo a aumentar.
Ricardo Rio, que falava esta terça-feira na sessão de encerramento da 3.ª edição do Laboratório de Inovação Social da Eurocities da rede de Cidades Rhizome Cities, defendeu que “as cidades são responsáveis por dar resposta às necessidades mais prementes destes cidadãos, como o são a habitação, educação, saúde ou emprego”, sublinhando que existem cada vez mais migrantes e pessoas deslocadas que procuram outros territórios.
“É fundamental que as cidades tenham um papel cada vez mais importante na definição das políticas de migração e no desenvolvimento de programas conjuntos”, sustentou o autarca na conversa com os representantes na Cidades Rhizome Cities, uma rede para encontros e intercâmbios com iniciativas locais, cidadãos e sociedade civil que trabalham com comunidades migrantes.
Depois de Palermo, Montpellier e Marselha, esta rede de cidades reuniu-se durante dois dias no Human Power Hub Braga para identificar as melhores práticas no domínio do património, descolonialismo e cooperação, com o intuito de se contribuir para a elaboração de uma Carta – a primeira na Europa -, para lidar com o tema da descolonização urbana.
A rede de Cidades Rhizome agrega administrações municipais e presidentes de câmara de várias cidades europeias e africanas, que em conjunto irão propor uma estratégia e princípios comuns para lidar com a herança colonial que partilham.
O Programa é liderado pela cidade de Palermo, através da ONG studio_rizoma_, e conta com os municípios de Braga, Atenas, Bérgamo, Dusseldorf, Marselha, Montpellier, Reggio Calabria e Tirana.