O tema sobre a alteração ao Mapa de Pessoal para o ano de 2023 voltou a dominar as atenções do “seio político” amarense, desta feita na sessão da Assembleia Municipal, decorrida na noite desta quinta-feira, 22 de Junho. Após ser debatido na última reunião do executivo e motivando uma posterior troca de comunicados – primeiro por parte do PS e de seguida por parte PSD – o assunto voltou a ganhar relevo em sede da Assembleia, que acabou por votar e aprovar por maioria a referida proposta, com cinco votos contra e quatro abstenções.
Ainda no período antes da ordem do dia e estando o ponto por incluir na ordem de trabalhos gizada, Domingos Júlio, do PS, começou por “destapar o véu” daquele que seria o assunto que dominaria a 3ª sessão ordinária da Assembleia no presente ano.
«Os lugares devem ser ocupados por pessoas qualificadas e não devem ser feitos “à medida” de cada um», atirou o socialista.
Na resposta, o presidente de Câmara, Manuel Moreira, voltou a reafirmar a necessidade da «falta de pessoas», ao caso, para os «serviços externos».
Incluído que foi – à posteriori e com o aval do órgão – na Ordem de Trabalhos, usaram da palavra três intervenientes, os quais, Mónica Silva, do PS, José Antunes, presidente de Junta de Rendufe e também Liliana Almeida, do Juntos Por Amares.
«DESAJUSTADA GESTÃO DOS RECURSOS»
Para Mónica Silva – que começou por deixar algumas críticas ao comunicado emitido pelo PSD e, ao mesmo tempo, marcou a posição do PS na “equação política” – existe uma «desajustada gestão dos recursos municipais».
Nas críticas à posição tomada e à expressão utilizada pelos social-democratas, – em causa está o termo “Populismo” – a socialista sublinhou: «Populismo é um conceito complexo e multifacetado e que pode ser usado de forma pejorativa», rejeitando, por isso, as imputações deixados em comunicado pelo PSD, de os socialistas terem «mentido» ou apresentado «argumentos falsos».
«O PS tem sido crítico, justo e colaborante com o executivo municipal», denotou.
Depois de “esmiuçar” os números no que concerne ao Mapa de Pessoal, Mónica Silva foi um pouco mais longe nas críticas, destacando um «completo descontrolo desta área na autarquia», entre «incoerências, dúvidas e falta de esclarecimento».
«A estrutura tem crescido de forma desorganizada. É um crescimento exponencial e preocupante», vincou a socialista, não esquecendo o novo concurso para a colocação de cinco assistentes operacionais, no qual« «não é explicado para onde vão e o que vão fazer».
A findar a intervenção, Mónica Silva notou que o PS atribui, por isso, um «cartão vermelho» à proposta, deixando algumas sugestões como uma melhor organização da estrutura municipal, a valorização do trabalho dos funcionários, o fim das contratações desregradas e a restruturação dos serviços.
«FALTA DE PESSOAL NOS SERVIÇOS EXTERNOS»
Também no uso da palavra na discussão do ponto, o presidente de Junta de Rendufe, José Antunes, iniciou a intervenção frisando: «O serviço público faz-se com pessoas dedicadas à causa pública e ao bem comum».
«Preocupa-me a falta de pessoal nos serviços externos. Durante a tarde não há, pois só trabalham de manhã», afirmou, sugerindo, de seguida, a criação de uma segunda equipa para o turno vespertino, por forma a «satisfazer as necessidades da população».
«GESTÃO DE CONTRATAÇÃO DE RECURSOS RESPONSÁVEL»
Seguiu-se, ainda, a intervenção de Liliana Almeida, do Juntos Por Amares, que também optou por “detalhar” os números referentes ao Mapa de Pessoal, não esquecendo o aumento dos mesmos e a sua relação com a recente transferência de competências de que os Municípios foram alvo, como o caso de Amares, classificando a gestão de contratação de recursos de «responsável».
«O crescimento do número de funcionários deve-se à transferência de competências, onde 140 funcionários do Agrupamento de Escolas e dos Centros de Saúde passaram para os quadros municipais», revelou.
Mais desenvolvimentos na edição impressa de Julho de 2023.