Manuel Pinho vai processar o procurador do Ministério Público (MP) titular do inquérito do Caso EDP, Carlos Casimiro, e o juiz Carlos Alexandre, na sequência do novo arresto da pensão, revelou à Lusa o antigo ministro da Economia.
Em causa está o arresto da pensão de reforma de 26 mil euros do ex-governante, conhecido no final de julho e apenas notificado esta sexta-feira à defesa de Manuel Pinho.
Este revelou o seu «espanto» pelos motivos invocados para esta ação e por uma possível acusação no caso relacionado com alegados favorecimentos à EDP, cuja investigação foi separada do processo principal no qual já foi acusado em dezembro de 2022 de supostamente favorecer o BES.
«A medida de arresto foi aprovada por um juiz que se encontrava na situação de juiz de turno na véspera de ser colocado noutro tribunal e, ainda por maior coincidência, o mesmo juiz que tinha decretado este arresto nas duas vezes anteriores, tendo a medida sido por duas vezes revertida pelo Tribunal da Relação. Atempadamente, os meus advogados vão apresentar um recurso da decisão e uma queixa-crime contra os seus responsáveis», afirmou o ex-governante, à Agência Lusa.
Manuel Pinho está a residir na sua quinta em Gondizalves, Braga, local escolhido para a sua prisão domiciliária.