O presidente da Câmara de Terras de Bouro, Manuel Tibo, aproveitou a presença do Ministro do Ambiente e da Transição Energética no Campo do Gerês para lembrar a «urgente necessidade» de resolver os problemas existentes no saneamento básico e no abastecimento de água.
O autarca terrabourense pediu ainda ajuda ao Governo para que seja possível resolver a falta de segurança nos miradouros e cascatas do Gerês, «que muitas vezes são notícia pelas piores razões», assim como um «olhar urgente» para o Plano de Ordenamento da Albufeira da Caniçada.
Manuel Tibo falava durante a sessão de balanço dos três anos de mandato do actual Governo, em especial do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, que decorreu esta segunda-feira no Museu da Geira, no Campo do Gerês, com a presença do Ministro Matos Fernandes.
«O tempo urge e obriga-nos a não ter medo de errar, com o objectivo de tudo fazermos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas», frisou o presidente da autarquia.
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, o Ministro anunciou que na próxima semana o Secretário de Estado do Ambiente vai estar em Terras de Bouro para discutir a construção de uma nova ETAR, que inicialmente estava planeada para Souto.
«Havia uma solução desenhada, que tinha até uma combinação com o anterior presidente da Câmara, mas com a qual o actual presidente não concorda. Não estou a dizer que não tenha razão, mas isso obriga a encontrar outra solução, o que demora sempre mais algum tempo», disse o governante.
No que diz respeito aos miradouros, João Pedro Matos Fernandes considera que «é preciso sinalizar e melhorar as condições de segurança».
«Relativamente às cascatas, temos que enfatizar a informação. Não faz sentido vedar o acesso às cascatas, nem artificializar o espaço envolvente. A nossa missão tem que ser avisar todos do grau de perigosidade que existe. Não se pode ir para uma cascata destas sem perceber que há perigos», apontou.
No caso dos Planos de Ordenamento, «que estão neste momento a ser transformados em Programas», o Ministro assegurou que é necessário «garantir em absoluto e de forma completamente intransigente» a protecção das margens e da qualidade da água.
«Ao passarem de Plano a Programa, só vinculam as entidades públicas e há certamente um conjunto de regras urbanísticas de pormenor que não têm em nada que ser definidas pelo Estado central e serão depois as autarquias a fazê-lo», explicou.