A Câmara de Braga aprovou esta terça-feira, com os votos contra do PS e da CDU, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2024, no valor de 195 milhões de euros, superior em 30 milhões ao deste ano.
Para a maioria PSD/CDS-PP, os documentos continuam “a dar prioridade” às respostas sociais aos munícipes e “apontam o caminho para projetos estruturantes para o futuro de Braga”.
O PS, pela voz do vereador Artur Feio, contrapôs que o investimento em Braga e nos bracarenses “é absolutamente diminuto”, ao mesmo tempo que a receita fiscal “é a maior de sempre”.
“O problema é que este dinheiro vai essencialmente para aquisição de serviços, que em 2024 vão absorver mais 18 milhões de euros do que em 2013”, referiu.
O vereador da CDU, Vítor Rodrigues, considerou que o plano e orçamento “não vão dar resposta, ou então darão uma resposta muito insignificante, a questões estruturantes” para o concelho.
Como exemplos, o comunista apontou a habitação pública, os transportes, a nova estação de tratamento de águas residuais, o estádio 1.º de Maio e a remunicipalização da empresa de águas e resíduos Agere, tudo dossiês que ficam esquecidos ou adiados.
A maioria, presidida por Ricardo Rio, frisa que em 2024 será aberto o caminho para projetos estruturantes para o futuro de Braga, desde logo na área da habitação (início do primeiro projeto de renda acessível de responsabilidade total do município e início da construção da residência universitária na antiga Fábrica da Confiança) e na área da mobilidade (concretização das obras na avenida e no túnel de acesso à avenida, conclusão das intervenções do ‘Já Passo Aqui’, criação de novas ciclovias, concretização do programa School Bus a arranque da implementação do BRT).
Outros projetos são nas áreas da educação, desporto e saúde.
A maioria frisa ainda que 65% do orçamento se destina a iniciativas que “estão alinhadas diretamente com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
“Olhamos com muito orgulho para estes documentos”, disse Ricardo Rio.
Uma visão diametralmente oposta à do PS, que diz que em 2024, à exceção da musealização da Ínsua das Carvalheiras, “tudo o resto serão pequenas intervenções”.
“Os grandes investimentos na cidade estão todos pendurados, não há investimento do município na cidade, o investimento é sobretudo do Estado central”, disse Artur Feio.
O socialista criticou ainda as verbas destinadas às juntas de freguesia, considerando que são iguais às de 2013.
Rio contrapôs que as transferências para as freguesias em 2012 foram de 7,3 milhões de euros e que em 2024 atingirão os 11 milhões.
“As juntas são para nós um parceiro cada vez mais importante”, referiu.
Disse ainda que a câmara tem conseguido “ter mais receitas, com empresas e pessoas a pagar cada vez menos”.