O Conselho Cultural da Universidade do Minho entrega esta quinta-feira o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea 2023, ex-aequo, aos investigadores Bernardo Cruz e João Moreira, da Universidade Nova de Lisboa, sendo a menção honrosa para José Miguel Ferreira, da mesma academia.
A cerimónia realiza-se às 15h00, no Largo do Paço, em Braga. Na sessão de abertura estão o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, o presidente do Conselho Cultural, Miguel Bandeira, e a presidente do júri, Fátima Moura Ferreira. Este é o mais antigo galardão português para jovens investigadores da área e o seu prestígio científico internacionalizou-se.
Bernardo Pinto Cruz e João Moreira vão apresentar na sessão as suas obras galardoadas, respetivamente “As origens institucionais da moderação da violência: regedorias e políticas de concentração em Angola (1914-1974)” e “Intelectuais portugueses e a ideia de esquerda num tempo de transição (1968-1986) – Os casos de António José Saraiva, Eduardo Prado Coelho e João Martins Pereira”.
O primeiro trabalho permite compreender melhor a política colonial portuguesa no século XX, enquanto o segundo enquadra o pensamento de três intelectuais portugueses na segunda metade do século passado.
José Miguel Ferreira vai receber a menção honrosa pelo seu estudo “As novas conquistas: agricultura, florestas e colonialismo em Goa (c. 1763-1912)”, que analisou a diversidade de projetos de governo e a colonização em Goa (Ásia) ao longo de 150 anos.
A presente edição voltou a ter muitos participantes, na maioria com teses doutorais, o que revela o prestígio da iniciativa e a vitalidade da historiografia portuguesa contemporânea. Este Prémio foi instituído há 32 anos, com base numa doação do professor e historiador Victor de Sá (1921-2004), sendo reconhecido como de manifesto interesse cultural pela Secretaria de Estado da Cultura e apoiado também por mecenas públicos e privados. Vários dos investigadores laureados tornaram-se uma referência, como Fernanda Rollo, José Neves, Miguel Cardina e Cláudia Ninhos.