O Presidente da República elogiou esta sexta-feira o papel de Francisco Salgado Zenha, o bracarense opositor do antigo regime e uma das figuras de proa do pós-25 de Abril, quer como governante quer advogado.
Falando, em Braga, na cerimónia do 30º aniversário da Escola de Direito da Universidade do Minho e encerramento das comemorações do centenário de Francisco Salgado Zenha, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou a figura do estadista e um dos principais personagens do processo de democratização do país.
Marcelo considerou Zenha um “percursor” nos dois pelouros que ocupou como membro de Governo: ministro da Justiça nos I, II, III e IV Governos Provisórios, e ministro das Finanças no VI Governo Provisório.
O Presidente recordou a acção como ministro das Finanças do advogado, natural de freguesia de São Lázaro, em Braga, onde nasceu em 1923, num período em que a história política nacional se fazia de consecutivas quedas dos vários Governos Provisórios e de situações que hoje em dia desembocariam na insolvência do país.
Zenha foi também o negociador na revisão da Concordata com a Santa Sé, que veio permitir o divórcio em Portugal, em 1975.
Marcelo Rebelo de Sousa, não fica surpreendido com a revisão em baixa do Banco de Portugal (BdP) do crescimento da economia portuguesa para o próximo ano face à conjectura das grandes economias europeias e mundiais.
Falando aos jornalistas à margem do evento, Marcelo não se mostrou com a revisão em baixa do Banco de Portugal (BdP) do crescimento da economia portuguesa para o próximo ano face à conjectura das grandes economias europeias e mundiais.
“Nós já sabíamos que a Europa vai, para o ano, decrescer. Já sabíamos porque grandes economias não estão a crescer”, disse, dando como exemplo a Alemanha “que está numa situação em que não cresce”.
“E quando grandes economias não crescem, as outras economias exportam muito para essas grandes economias. As grandes economias puxam muito pela Europa”, referiu, acrescentando que “o próprio mundo vai crescer muito pouco”.
“A China vai crescer muito pouco para aquilo que devia crescer”, apontou.
Neste contexto, o chefe de Estado diz que 2024 será “um ano de transição”.
“Pelo menos no começo do ano, não haverá o crescimento que se desejava, que se esperava, e que de alguma maneira houve, por exemplo, em 2022″, concluiu.