O presidente do PSD acusou esta quinta-feira, em Braga, o Governo de estar em campanha eleitoral e de colocar o Estado ao serviço do PS, instando o executivo a centrar-se no essencial para resolver os problemas dos portugueses.
Luís Montenegro criticou a decisão do Governo de acabar com a parceria público-privada no Hospital de Braga, que, afirma, garantia uma “resposta mais eficiente” aos utentes, com menos custos para o Estado.
Em Braga, à margem de uma reunião com o reitor da Universidade do Minho, Montenegro disse que a atuação do Governo agora “é só visitas e só projetos” e acrescentou que nunca viu “ninguém estar tão contente por aquilo que não foi capaz de fazer, enquanto teve oportunidade de fazer”.
“Deixem-se de aproveitar o Estado para estar ao serviço do Partido Socialista e aproveitem o pouco tempo que ainda têm, e que eu espero que seja pouco e que acabe no dia 10 de março, para tratar do que é essencial”, desafiou.
Montenegro apontou como exemplos os setores da Saúde e da Educação, com pessoas “à porta dos hospitais” para receberem cuidados de saúde, e os cerca de “40 mil alunos” que, no recomeço das aulas, ainda não têm professor a pelo menos uma disciplina.
“Se o Governo aproveitar o tempo que ainda tem de gestão para olhar para isto, em vez de andar a fazer campanha eleitoral, presta um bom serviço ao país”, reiterou.
Sobre a saúde, o líder do PSD alertou que “está a morrer mais gente” e que há uma “relação direta entre essa realidade e a incapacidade” de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) de prestar os cuidados de saúde necessários.
“Há efetivamente uma falta de capacidade de resposta no SNS, hoje muito patente nos tempos de espera nas urgências”, referiu.
A este propósito, criticou a decisão do Governo de acabar com a parceria público-privada no Hospital de Braga, que, adiantou, garantia uma “resposta mais eficiente” aos utentes, com menos custos para o Estado.
“É preciso que os portugueses saibam que os responsáveis por essa decisão são aqueles que se apresentam agora a votos no Partido Socialista para renovar este tipo de política”, acrescentou, apelando aos portugueses para fazerem “uma reflexão sobre os complexos ideológicos que marcam alguns dos candidatos” nas próximas eleições.