A Assembleia Municipal de Amares aprovou esta sexta-feira, com oito abstenções, os documentos de prestação de contas do ano de 2017. Se para Manuel Moreira, os dados exprimem, «de uma forma muito transparente», resultados de «estabilidade e equilíbrio», para a oposição a leitura é bem diferente.
Na sua explicação, o autarca enalteceu o facto de, nos últimos quatros, a dívida da Câmara ter baixado dos 12 milhões, em 2013, para os actuais 6,5 milhões, o que «é muito positivo».
Manuel Moreira acrescentou que o Município tem uma margem de endividamento «muito confortável» na ordem dos 1,7 milhões de euros, «um bom sinal da sua saúde financeira», além de taxas de execução da receita e da despesa iguais ou superiores a 90%.
Francisco Alves, do PS, defendeu que a dívida de 6,5 milhões é um encargo que «compromete o futuro financeiro» da autarquia e a possibilidade de «executar investimentos estruturantes e indispensáveis», fruto de uma «gestão despesista».
Contrapôs a afirmação de que a dívida fosse de 12 milhões quando Manuel Moreira foi eleito pela primeira vez, dizendo que os documentos de prestação de contas mostram que se situava nos 8,5 milhões, pelo que a «redução efectiva» foi de “apenas” dois milhões de euros.
O MAIS – Movimento Amares Independente e Solidário mostrou-se preocupado com o «crescimento muito significativo» das dívidas a fornecedores, que subiu 77%, de acordo com a deputada Rosa Fernandes, questionando se foram ou não pagos todos os serviços requistados no ano passado.
Na resposta, Manuel Moreira assegurou que «não há dívidas a fornecedores», exceptuando um diferendo com a Águas do Norte, relativo a facturas vencidas, que reclama da autarquia cerca de 200 mil euros, tal como já anunciara em reunião de executivo.
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