Braga está a realizar trabalhos de execução das faixas de gestão de combustível (FGC) da responsabilidade do Município em torno da rede viária, parques industriais e pontos de água. Uma ação dinamizada no âmbito das medidas de prevenção de incêndios rurais, através da Divisão Municipal de Protecção Civil (DMPC).
Estas faixas correspondem a áreas estratégicas que se situam junto à rede viária, polígonos industriais e na interface de áreas edificadas, onde se pretende a modificação da estrutura vertical ou horizontal e a remoção total ou parcial de biomassa, de modo a isolar potenciais focos de ignição de incêndios, reduzir os efeitos da passagem de incêndios e diminuir a superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo e facilitando uma intervenção directa de combate ao fogo.
Os trabalhos de gestão de combustível da responsabilidade do Município foram realizados por duas equipas de Sapadores Florestais da Associação Florestal do Cávado, através de um protocolo realizado entre a Associação e o Município, que disponibiliza uma verbal anual de cerca de 100.000 euros. «Em 2023 estas duas equipas contaram com o apoio de 46 operacionais da DMPC e dos equipamentos obtidos no âmbito do programa Cuidar Braga II, 2 tractores, limpa-bermas e biotrituradores, num total de 90 horas de trabalho tendo sido efectuados os 77ha previstos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, representado assim uma taxa de execução de 100%», explica Altino Bessa, vereador da Protecção Civil de Braga.
No que respeita à necessidade de execução das faixas de gestão de combustível em torno das edificações por parte dos privados, e após a verificação das situações em incumprimento, foram instaurados 221 processos, realizadas cerca de 260 notificações e 338 deslocações ao terreno e outras diligências. «Este procedimento resultou na execução voluntária da gestão de 60 hectares de terreno, no entanto, houve necessidade de realizar 11 execuções coercivas para a execução de mais 27 hectares», adianta o vereador.
Nesse sentido, Altino Bessa destaca o empenho da Divisão de Protecção Civil, fazendo um balanço «muito positivo do ano de 2023 uma vez que foram executados um total 160ha de faixas de gestão de combustível, garantindo uma maior protecção e reduzindo a carga de combustível junto a habitações, edifícios industriais e rede viária, promovendo melhores condições para um combate aos incêndios rurais mais eficaz e contribuindo decisivamente para a prevenção e segurança de pessoas e bens», conclui.