Sandra Barbosa, cabeça-de-lista da CDU por Braga às Legislativas, afirmou que o actual estado da Educação espelha uma política de desinvestimento “gritante” do actual Governo que “ameaça” a escola pública, entendida como um “vector estratégico” para o desenvolvimento do país.
Num encontro com dirigentes do Sindicato dos Professores do Norte, a candidata da coligação PCP/PEV acrescento que a postura adoptada pela tutela se traduz “em escolas sem as necessárias condições, com trabalhadores exaustos e desmotivados e crianças e jovens sem apoios a que têm direito”
“As desigualdades entre estudantes acentuaram-se, a precariedade e a instabilidade dos profissionais mantiveram-se”, apontou, referindo ainda o caso das “dezenas de milhares de alunos continuavam sem professor a pelo menos uma disciplina” no final do primeiro período do ano lectivo.
“O desinvestimento na Educação é gritante e ameaça uma escola pública de qualidade assente na igualdade de oportunidades de acesso, mas também de sucesso, tal como prevê a nossa Constituição da República”, frisou Sandra Barbosa, que se fazia acompanhar por Inês Rodrigues, a número 2 da candidatura à AR.
EDUCAÇÃO, VECTOR ESTRATÉGICO
Considera que a Educação “um vector estratégico” para o desenvolvimento do país, Sandra Barbosa defendeu que a “Escola Pública, gratuita, de qualidade, inclusiva e para todos” exige “a consagração de políticas que tenham em vista o seu reforço, enquanto garante da Educação como direito fundamental e condição determinante para o desenvolvimento integral, para a emancipação individual e colectiva da juventude, da população em geral e dos trabalhadores em particular”.
“É através de um ensino público, devidamente valorizado, democraticamente gerido e dotado de objectivos, estruturas, programas e meios financeiros, materiais e humanos adequados, que se torna possível concretizar o direito à educação e ao ensino, promovendo a igualdade de oportunidades a todos no acesso e sucesso educativo em todos os graus e níveis de ensino”, sustenta.
Para a CDU o respeito pelos direitos dos trabalhadores da educação exige o combate a todas as formas de precariedade e a integração nos quadros, a consideração de todo o tempo de serviço dos professores e consequente reposicionamento na carreira e na aposentação, em particular no cálculo da pensão e a vinculação de todos os professores com 3 ou mais anos de serviço;
A revisão do regime de recrutamento, selecção, mobilidade e contratação de pessoal docente e eliminação das quotas de avaliação, das vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões e do período probatório e reposição do anterior regime de Mobilidade por Doença, garantindo a protecção na doença e no trabalho são, entre outras, as medidas defendidas pela Coligação Democrática Unitária.