A artista amarense Sylvie Castro deixou a sua marca na ordenação sacerdotal de quatro novos presbíteros no passado domingo, na Cripta do Sameiro, em Braga. O cálice eucarístico usado na ordenação presbiteral do novo padre Sérgio Monteiro distingue-se pela qualidade artística, originalidade e toque artístico.
A alfaia litúrgica é feita em madeira de nogueira, com copa de prata banhada a ouro, e foi encomendada pelo padre Sérgio Augusto Monteiro Araújo.
De acordo com a artista, citada pelo Diário do Minho, a madeira remete para a cruz de Cristo, a que juntou alguns relatos históricos que indicam que na Idade Média os cálices das igrejas eram feitos com este material natural.
Ora, a madeira que reveste a copa não é inteira, tem uma ondulação que pretende «significar os cabelos de Nossa Senhora», explica a artista, na mesma peça.
A base do cálice também está ornamentado com quatro símbolos: uma cruz vazada, as armas do Papa João Paulo II, os símbolos da paróquia onde o padre Sérgio Araújo vai iniciar o seu ministério e um ícone mariano.
«Conseguiu-se um pedaço único de madeira de nogueira para que pudesse ser esculpido de um tronco só. Primeiro fez-se um desenho técnico, um 3 D, e depois partimos para a execução da peça», acrescentou ainda Sylvie Castro.
De acordo com a publicação, o cálice tem quase 30 centímetros de altura e é desmontável, ou seja, a copa e a base podem ser retiradas para manutenção. Demorou cerca de três meses a fazer.
Refira-se, por fim, que o padre Sérgio Augusto Monteiro Araújo foi nomeado administrador paroquial das paróquias de Arnoia (São João Baptista), de Basto (Santa Tecla), de Borba da Montanha (Santa Maria) e de Carvalho (São Miguel), arciprestado de Celorico de Basto.
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