O presidente da Câmara de Terras de Bouro, Manuel Tibo, rejeita as críticas feitas pela associação ambientalista FAPAS ao projeto do miradouro na cascata de Fecha de Barjas, conhecida como cascata do Tahiti, e garante que “a preocupação é a segurança” das pessoas. Segundo o autarca, a obra arranca no início de agosto.
Em declarações ao jornal ‘O Amarense & Caderno de Terras de Bouro’, Manuel Tibo disse que “todas as opiniões são legítimas”, mas realçou que “quem manda em Terras de Bouro é o povo terrabourense”, que “ao longo de muitos séculos tem mostrado que sabe conservar e preservar o património que possui”.
“Aquilo que está em causa é um problema de segurança, porque falamos de um local extremamente perigoso, onde têm existido dezenas de acidentes, alguns dos quais com vítimas mortais”, lembrou.
Segundo o autarca, a “preocupação” de “qualquer presidente de Câmara é evitar acidentes”. “A segurança tem de estar acima de tudo e é precisamente isso que queremos com este projeto de melhoria das condições de visitação”, frisou.
CASCATA CONDICIONADA
Manuel Tibo sublinhou que a obra arranca no início de agosto, o que vai implicar “condicionamentos” no acesso à cascata, que não será encerrada. “Haverá constrangimentos, que existem em qualquer obra, seja aqui ou noutro lado qualquer”, explicou.
Em causa, segundo o edil terrabourense, está um projeto que “tem todos os pareceres necessários” e que foi “validado” pelo ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, com quem a autarquia assinou um protocolo com vista a obter o financiamento necessário, que é de cerca de 205 mil euros.
De acordo com a Câmara de Terras de Bouro, a intervenção surge como uma “aposta na segurança e valorização dos recursos naturais” do território, “tornando-os verdadeiramente uma mais-valia para os turistas e para os terrabourenses e explorando desta forma as potencialidades” existentes.