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Depois dos fogos, aldeia de Arcos de Valdevez recorre a drones para semear

A União de Freguesias de São Jorge e Ermelo, em Arcos de Valdevez, uma das mais afetadas pelos fogos deste verão, inicia em outubro sementeiras com recurso a drones e a plantação de espécies autóctones, disse esta segunda-feira o autarca Horácio Cerqueira.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da União de Freguesias de São Jorge e Ermelo adiantou passados cinco dias dos incêndios do início do mês, que consumiram 1.300 hectares, que “foi iniciado “um plano de estabilização urgente para que a área ardida não sofresse ainda mais perdas de biodiversidade”.

Segundo Horário Cerqueira, “a União de Freguesias, os baldios e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com o apoio da Câmara de Arcos de Valdevez, começaram a criar barreiras para evitar o deslizamento de terras e a cortar a matéria morta que sobrou do incêndio”.

“Percebemos, rapidamente, que tínhamos de juntar forças e fazer algo pela preservação do nosso território. Com a passagem de um incêndio não nos podemos dar ao luxo de esperar que a natureza faça tudo sozinha. Temos de trabalhar em soluções rápidas e que ajudem na recuperação do território. Temos de prevenir os deslizamentos de terras e evitar que as cinzas dos incêndios vão directamente para as linhas de água”, apontou.

O autarca lembrou que com a chegada do “Outono, e a caminhar para o Inverno, é fundamental que estas medidas sejam de rápida eficácia”.

Já a reflorestação da área ardida vai começar na quarta e quintas-feiras, a partir das 09h00 horas e, em simultâneo, com sementeiras de herbáceas de crescimento rápido como o azevém e a festuca, feitas com recurso a drone e plantação de cerca de 250 quilogramas de bolotas.

“Vamos fazer uma sementeira com recurso a drone que irá espalhar cerca de 1.500 quilómetros destas sementes pela área ardida de mais difícil acesso, pois estamos a falar de zonas onde a inclinação do terreno chega a ser de 20 por cento”, sublinhou Horácio Cerqueira.

O autarca referiu que, “no total, esta ação de estabilização de emergência vai durar cerca de um mês”.

Para Horácio Cerqueira, “o importante é promover a recuperação do território o mais rapidamente possível, preservar a biodiversidade que sobreviveu e fomentar o crescimento de espécies autóctones”.

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