Mais de um milhar de vacinas do Centro de Saúde de Amares estiveram, esta manhã, em risco de ficarem irremediavelmente estragadas. Foi providenciado de emergência um gerador que não existe no local. Uma situação que colocou a nu a fragilidade deste e de outros centros de saúde da região.
Há relatos anteriores de se terem estragado vários milhares de vacinas por falta de sistemas alternativos de refrigeração.
Hoje, foi providenciado um gerador, com o apoio dos bombeiros voluntários de Amares, que requisitaram um equipamento de urgência. Enquanto isso, o comandante exerceu influência junto da EDP para retoma da energia, sob pena de o gerador usado não aguentar a potência necessária.
Acabou por surtir efeito, com a retoma da eletricidade, cerca de uma hora e meia depois.
As vacinas Covid-19 e da gripe, entre outras associadas a diferentes patologias, são colocadas em frio «(2ºC a 8ºC), de modo a garantir a sua qualidade, segurança e eficácia», conforme indicação da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Só que a maioria dos centros de saúde da região não dispõe de sistemas alternativos de fornecimento de energia elétrica que garantam a refrigeração; no caso, geradores para situações de emergência.
Ora, com a quebra de energia registada esta manhã, as vacinas estiveram em risco de ficar inutilizadas.
A Lei consagra que «em todos os locais onde se verifique receção e armazenamento de vacinas é nomeado um responsável pela rede de frio e, pelo menos, um seu substituto. Estes profissionais têm de dominar a execução dos procedimentos, bem como conhecer as eventuais implicações clínicas e financeiras das quebras na rede de frio».
Agora, com a transferência de competências na área da saúde para as autarquias, vai competir ao município de Amares ponderar a eventual aquisição de um sistema alternativo de emergência que acautele esta e outras situações de falta de fornecimento de energia pelo sistema tradicional.
