Perto de 60 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025, apresentadas por diferentes partidos para o setor da Cultura, aguardam votação na especialidade. A requalificação do Mosteiro de Rendufe, em Amares, é uma delas, por proposta do PCP.
Em comunicado, os comunistas lembram que o partido “tem vindo a alertar para a situação de degradação em que se encontra” o mosteiro “e para a realização com urgência de obras de requalificação”.
“A situação atual é consequência da opção política de fazer depender a reabilitação do mosteiro de investimento privado. A realidade veio confirmar a pertinência dos alertas feitos atempadamente pelo PCP”, refere o partido.
Para o PCP, existe uma “necessidade imperativa” de concretizar “obras de salvação” que evitem uma derrocada que “pode acontecer a qualquer momento, a par com a preparação de uma reabilitação global”.
“O PCP alertou repetidas vezes que a reabilitação do mosteiro não deveria ficar dependente de uma putativa intervenção no âmbito do Programa Revive, o qual está subordinado a negociações com terceiros, pelo que considerava necessário que fossem realizadas obras para suster o grau de degradação e de risco de colapso”, adianta.
Tendo em conta o “desenvolvimento negativo” do programa, o PCP entende que “os últimos três anos foram perdidos e a perspetiva de reabilitação do mosteiro torna-se mais distante, num quadro em que a situação do edificado se vai agravando substancialmente”.
“A consequência da opção política de fazer depender a reabilitação do Mosteiro de investimento privado e do programa Revive é o risco atual de queda o edificado da hospedaria e refeitório, o que compromete a integridade deste importante conjunto patrimonial e o seu futuro”, frisa.
Recentemente, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República entregou uma proposta com vista à “concretização efetiva” da reabilitação do Mosteiro de Rendufe no quadro da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.
“Desta forma, o PCP volta a levar a situação do Mosteiro de Rendufe ao Parlamento, confrontando os demais partidos e o Governo a não adiar mais o necessário investimento público”, conclui o partido.