A Câmara de Amares aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, uma proposta para realizar uma consulta à banca no sentido de contrair um empréstimo de três milhões de euros com o objetivo de reabilitar 22 estradas dispersas pelas 16 freguesias do concelho.
Segundo o presidente da autarquia, Manuel Moreira, torna-se “imprescindível e inadiável” avançar para a realização destas pavimentações, tendo em consideração o “estado muito degradado” em que se encontra a rede viária municipal.
Em termos de investimento, a Avenida da Ribeira, em Lago, é a que representa um montante mais elevado, com cerca de 484 mil euros, seguida pela Avenida do Monte e EM-1247 até ao mosteiro, em Rendufe, com 404 mil euros. Seguem-se a EM 535-3 (Rua de São Lourenço) na União de Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, com 368 mil euros, e a EM-1241 (Rua da Corujeira) na União de Freguesias de Vilela, Seramil e Paredes Secas, com 341 mil.
Serão ainda reabilitadas Travessa de São Pedro e Rua Estreita em Amares e Figueiredo, Rua de Além em Barreiros, Rua das Cales em Bouro Santa Maria, Rua da Lama e Rua do Rio em Bouro Santa Marta, Rua Santo António até à Rua Nossa Senhora das Candeias em Caires, Rua de Quintães e Avenida de Quintães em Carrazedo, Rua Principal entre os números 21 e 32 e Rua Principal até número 52 em Dornelas, Rua Francisco Sá Carneiro e Rua do Parque Industrial na União de Freguesias de Ferreiros, Prozelo e Besteiros, Avenida de São Bento em Fiscal, Rua de Santo António e Rua do Olival em Goães, Rua Nova do Sobreiro em São Vicente do Bico e Rua de Santa Maria e Rua da Sede da Junta de Freguesia em Torre e Portela.
O empréstimo bancário a contrair pelo município terá um prazo de 20 anos, indexado à taxa Euribor a seis meses, com um período de carência de um ano. “É perfeitamente compatível com a capacidade de endividamento da Câmara de Amares”, garantiu Manuel Moreira. A proposta terá ainda de ser votada pela Assembleia Municipal, que reúne na sexta-feira.
DEFINIDAS COM JUNTAS
O autarca sublinhou que a lista de obras a realizar foi “definida e articulada” em conjunto com os presidentes das 16 Juntas de Freguesia, que “apresentaram as suas prioridades”. “Houve outras que ficaram de fora, mas tivemos de fazer opções”, disse Manuel Moreira na reunião de executivo camarário, em resposta a uma interpelação de Emanuel Magalhães.
O vereador independente questionou sobre a não inclusão de uma reabilitação nos acessos ao Santuário da Abadia e de haver outras obras inscritas no Plano Plurianual de Investimentos (PPI), mas que não constam da listagem do empréstimo.
No caso da Abadia, Moreira disse que se trata de uma intervenção de “mais de um milhão de euros” e que não foi contemplada, sublinhando que “existem outras obras já cabimentadas, mas que não serão pagas através do empréstimo”. “É o caso da Rua da Cintura [Ferreiros], por exemplo, que vai ser feita, já está cabimentada, mas não entra neste lote”, explicou o edil.