Em resposta ao vereador Nelson Felgueiras, a Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal (IL) de Guimarães manifesta a sua “total oposição” ao plano camarário de instalação de cerca de 100 câmaras de videovigilância na cidade.
A IL discorda de um projecto que prevê um investimento que ronda um milhão de euros, considerando que constitui “um atentado à privacidade dos cidadãos e uma utilização desnecessária de recursos públicos”.
Em nota à imprensa, os liberais vimaranenses dizem que o Executivo do socialista Domingos Bragança “não apresentou qualquer dado ou estudo que demonstre um problema de segurança significativo em Guimarães que justifique esta invasão da privacidade dos vimaranenses”.
O partido do bracarense Rui Rocha afirma que “o próprio vereador [Nelson Felgueiras] reconhece que Guimarães é uma cidade segura, com indicadores positivos de segurança”.
Sendo assim, acrescenta a IL, “esta medida surge como um ataque desproporcionado aos direitos dos cidadãos, sem qualquer justificação plausível”.
Na nota, a IL diz que o “mais preocupante” é “a intenção expressa de usar este sistema para fiscalizar o trânsito e o estacionamento indevido, transformando as câmaras num instrumento de caça à multa”.
A ser assim, “o verdadeiro objectivo não é a segurança pública, mas sim a geração de receita para financiar um sistema injustificado e invasivo”.
Sublinha que é “inaceitável que se atribua um preço à privacidade dos vimaranenses e que este preço seja cobrado a todos os contribuintes”.
A nota termina com o apelo a Domingos Bragança “para que reveja esta decisão, respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos e priorizando o uso responsável e eficiente dos recursos
públicos”.
