Pelos direitos das mulheres, celebra-se o seu dia a 8 de março, marcando uma luta pela igualdade.
Mas de onde vem este dia e porque é que esta data é especial no calendário? Tudo começou com o Partido Socialista da América que, em fevereiro de 1909, organizou o Dia das Mulheres. Esta primeira junção dedicada ao feminino ficou marcada por uma manifestação pela igualdade de direitos civis, nomeadamente o voto para as mulheres.
Numa das conferências de mulheres da Internacional Socialista em 1910, em Copenhaga, Clara Zetkin sugeriu que este dia passasse a ser celebrado anualmente. A 8 de março de 1917, no então Império Russo, organizou-se uma manifestação só de mulheres contra o desemprego e por descontentamento com as condições de vida da época.
A partir de então, o Dia das Mulheres passou a ser comemorado sempre a 8 de março. Em 1975, tornou-se uma data instituída pelas Nações Unidas.
Ainda assim, só a 16 de dezembro de 1977 foi reconhecido este dia, oficialmente, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da Resolução 32/142. É, nos dias de hoje, uma data comemorada em mais de 100 países, mas há muitos que a ignoram.
PORQUE AINDA SE DESTACAM AS MULHERES NO CALENDÁRIO
O Dia Internacional da Mulher quer celebrar os direitos conquistados pelas mulheres até aos nossos dias, para que se recordem as lutas e se preservem as conquistas.
O direito ao voto, a igualdade salarial, representação em cargos de liderança, proteção em situações de violência física e/ou psicológica ou o acesso à educação são alguns dos temas que continuam atuais. Em muitos pontos do mundo, ainda não são garantidos às mulheres.
Anualmente, a data tem um mote e, em 2025, este é: «Para todas as mulheres e meninas: direitos, igualdade, empoderamento».
Este ano marca, ainda, os 30 Anos da Declaração e da Plataforma de Ação de Pequim e os 50 anos da 1.ª Conferência sobre as Mulheres.
Estes são recordados na mensagem do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para este dia.
«Da resistência à reversão, os direitos humanos das mulheres estão sob ataque. Os horrores antigos: violência, discriminação e desigualdade económica ainda assolam as sociedades», pode ler-se no comunicado, no website das Nações Unidas.
«Devemos combater estes ultrajes. E continuar a trabalhar para nivelar as regras do jogo para as mulheres e raparigas», acrescenta.
«O Pacto das Nações Unidas para o Futuro e o Pacto Digital Global oferecem linhas orientadoras para estas ações. Quando as mulheres e as meninas conseguem crescer, todos nós prosperamos», termina.