O Museu da Guerra Colonial, em Famalicão, acolheu, esta manhã, a 2.ª edição das “Conversas de Abril”, moderada por Diogo Martins, um ex‑aluno do Colégio ALFACOOP.
Leonel Pontes, Presidente da Mesa da Assembleia do Museu, sublinhou «a importância de preservar o legado do 25 de Abril» felicitando a organização pelo do projeto que, em 2024, recebeu uma Menção Honrosa no Concurso “25 de Abril, Um Projeto de Liberdade” da Escola Virtual.
Esta segunda edição apresentou, como oradores, o primeiro‑cabo João Vilaça Ferreira, regressado da Guiné‑Bissau meses antes da Revolução dos Cravos; a sua esposa, Conceição Pereira, antiga funcionária da Grundig e hoje empresária em Lomar; o combatente Augusto Correia Silva, ferido numa emboscada durante a sua missão entre abril de 1972 e maio de 1973; e o professor José Manuel Lages, ex-docente no Externato Infante D. Henrique, ex‑dirigente da ALFACOOP e um dos mentores da criação do Museu da Guerra Colonial.
A conversa permitiu a partilha de memórias pessoais.
João Vilaça Ferreira descreveu a saudade de liberdade sentida durante as vigílias noturnas, enquanto Conceição Pereira falou do desafio de conciliar maternidade e trabalho com «ansiedade e esperança» e Augusto Correia Silva confessou o misto de alívio e culpa ao regressar a casa, sabendo que deixara camaradas feridos no terreno.
José Manuel Lages e Leonel Pontes explicaram a génese do Museu da Guerra Colonial, idealizado para conservar memórias difíceis e estimular a reflexão crítica sobre o passado colonial.