A Assembleia Municipal de Amares aprovou esta quarta-feira por maioria, com cinco votos contra da bancada do PS e três abstenções dos eleitos do MAIS – Movimento Amares Independente e Solidário, os documentos relativos às contas do ano de 2018.
Na explicação do ponto, o presidente da Câmara, Manuel Moreira, disse que o documento espelha «a boa saúde financeira» da autarquia, cujo resultado líquido positivo aumentou cerca de 250 mil euros em relação ao ano anterior, tendo-se registado um «aumento generalizado de todas as rubricas de rendimentos».
De acordo com o Relatório de Prestação de Contas, a taxa de execução da despesa do Município, em 2018, situou-se nos 90% e a execução da receita nos 87%, sendo o valor bruto de execução da receita e da despesa o maior dos últimos anos.
Manuel Moreira sublinhou também «o aumento da capacidade de investimento», que registou um crescimento de cerca de 57%, traduzido em mais 1,8 milhões de euros executados em obras financiadas.
Posição diferente tem o PS, que pela voz de Carlos Rocha defendeu que o relatório contém «indicadores altamente preocupantes» e mostra que a autarquia tem «um modelo de gestão desadequado e obsoleto», fazendo investimento «alicerçada em candidaturas a fundos comunitários».
Criticou também uma «taxa paupérrima na execução real de investimentos» e «a contracção de empréstimos monstruosos à banca que fazem perigar o futuro do concelho».
«A dívida actual ronda os sete milhões e nesta mesma Assembleia aprovámos pedidos de empréstimos que ultrapassam os três milhões. Estamos a falar de perto de 10 milhões de euros de endividamento, Uma autêntica brutalidade num concelho tão pequeno. O equilíbrio financeiro estará irremediavelmente comprometido se não for rapidamente invertida está tendência», apontou.
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