Depois de um encontro com cuidadores informais e de uma arruada pelo centro da cidade, Catarina Martins fechou a noite desta terça-feira com um comício na avenida Central para a apelar aos indecisos que votem no Bloco de Esquerda (BE). O investimento público e as leis laborais foram outras das questões centrais das intervenções.
Dirigindo-se aos indecisos e aos que não querem a maioria absoluta do PS, Catarina Martins afirmou que “o BE é a força que garante sempre a luta pelo salário, pensão, saúde, educação, justiça” e por “um país que seja capaz de responder à emergência climática como responde à emergência social”.
E deixou uma palavra em especial para os eleitores de Braga: “podemos aqui ter mais deputados desta esquerda que não se engana no momento de lutar. Estivemos tão perto há quatro anos. Que seja agora”.
José Maria Cardoso, cabeça-de-lista bloquista por Braga, quanto à possibilidade do BE eleger um segundo deputado pelo distrito, alinhou pelo mesmo tom de confiança de Catarina Martins: “Acho que este é momento do Bloco”.
Já Luís Fazenda, o fundador do Bloco focou-se na “obsessão do superavit” do PS, que sucedeu à antiga “obsessão do défice”.
“Esqueçam a obsessão do défice; a partir de agora é a obsessão do superavit, o que faz com que o investimento público esteja em causa”, afirmou.
O dirigente nacional, e ex-deputado, referiu que “Portugal terá poucas hipóteses de aproveitar um novo programa de compra de dívida pelo BCE, o que prenuncia maiores apertos no pagamento da dívida pública”.
Se Portugal “cumprir a dívida” – e sem colocar em Bruxelas a “hipótese da sua flexibilização” – e quiser conjugar isso com a manutenção do superavit, deixará de ter condições para o investimento público, explicou.