O Tribunal Judicial de Guimarães absolveu esta sexta-feira os antigos dirigentes do Vitória, Emílio Macedo da Silva e Luciano Baltar, que eram acusados do crime de abuso de confiança fiscal.
Recorde-se que o ex-presidente do Vitória e o seu ex-vice-presidente para a área financeira chegaram a ser condenados pelo mesmo tribunal com base na alegada falta de pagamento pelo clube de verbas referentes a IVA e IRS referentes ao período compreendido entre 2010 e 2012.
Depois da Relação ter confirmado a decisão, o caso chegou ao Tribunal Constitucional que entendeu que a norma pela qual os arguidos tinham sido condenados era inconstitucional, pelo que mandou baixar o processo de novo ao Tribunal Judicial para que fosse proferida nova decisão. Essa decisão foi agora conhecida e Vitória, Emílio Macedo da Silva e Luciano Baltar saíram absolvidos.
Em declarações ao Grupo Santiago, o ex-vice-presidente para a área financeira mostra-se satisfeito com este desfecho. Luciano Baltar diz que sempre teve a “certeza de não ter sido cometido qualquer crime”. Lamenta, contudo, que esta decisão “não chegue para reparar prejuízos causados, quer a nível pessoal, mas também profissional e à imagem do Vitória”.
“O nosso nome apareceu na praça pública como criminosos e agora o Tribunal chega, e bem, à conclusão que não houve qualquer crime. Perante as dificuldades económicas, o Vitória viu-se na contingência de suspender pagamentos, nomeadamente a jogadores e a fornecedores, mas com o Estado fizemos um acordo que ainda está em vigor e que o clube tem cumprido”, acrescentou.