Após a suspensão das operações do campus de Gualtar, em Braga, no passado sábado, a Universidade do Minho (UMinho) alargou a interrupção de todas as actividades dos campi de Azurém e de Couros, em Guimarães, nomeadamente áreas de atendimento presencial, cantinas e bibliotecas.
A decisão, anunciada esta terça-feira em comunicado assinado pelo reitor, tem “efeito imediato” e por tempo indeterminado.
Atenuar o quadro de “grande instabilidade que afecta a vida da Universidade” é uma das justificações para o encerramento dos campi da universidade minhota, frequentada por cerca de 20 mil estudantes. Outro dos motivos, avançado em declarações posteriores aos jornalistas por Vieira de Castro, é a proximidade com Felgueiras e Lousado, os concelhos que estão no epicentro do novo coronavírus no Norte do país.
“Visando defender o bem-estar dos docentes, investigadores e trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, será privilegiado, sempre que possível, o teletrabalho, cabendo aos responsáveis das unidades orgânicas, das unidades de serviços e das unidades culturais, bem como dos Serviços de Acção Social, definir o modo de organização do trabalho”, escreve o reitor no comunicado.
Quanto aos estudantes que se encontram instalados nas residências universitários, o conselho é que, se tal for possível, regressem temporariamente a casa, “minimizando os contactos inter-pessoais” e respeitando as recomendações da Direcção Geral de Saúde (DGS).
Já os estudantes que se encontram na residência Carlos Lloyd Braga e na residência de Santa Tecla (Bloco B e Bloco D) “devem manter-se em quarentena profilática, sendo-lhes asseguradas as condições necessárias à sua permanência nas residências (designadamente alimentação, cuidados de saúde, higiene, etc.)”.
A finalizar, Vieira de casto apela “a que todos os membros da comunidade universitária assumam uma posição serena e responsável, contribuindo para que a universidade lide da melhor forma com a crise que enfrenta”, elogiando o “elevado grau de maturidade” com que a com “a comunidade universitária tem reagido à situação adversa que hoje vivemos”.
Portugal registava, a meio da manhã desta terça-feira, 39 casos confirmados de infecção por Covid-19, segundo a DGS. A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 339 casos suspeitos desde o início da epidemia, 67 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.