A Direcção da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP denuncia, em comunicado enviado ao PressMinho/OAmarense, “despedimentos selvagens de centenas de trabalhadores” protagonizado por “quase todos os sectores” patronais do distrito a pretexto da doença Covid-19.
“O PCP tem vindo a receber inúmeras denúncias de ataques dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente despedimentos selvagens de centenas de trabalhadores, principalmente os que têm vínculos precários com empresas de trabalho temporário e trabalhadores em período experimental”, afirma.
Entre outros exemplos deste “perigoso sinal” e da “ofensiva em curso contra os trabalhadores, os seus salários, os seus direitos e o seu emprego”, os comunistas referem a colocação de trabalhadores em férias forçadas, a alteração unilateral de horários, a redução de rendimentos por via do lay-off e também pelo corte de prémios e subsídios, entre os quais o subsídio de refeição, designadamente a quem é colocado em teletrabalho e a recusa do exercício dos direitos parentais.
“Denunciamos a instrumentalização deste momento difícil, para impor retrocessos nos direitos dos trabalhadores, alargar a exploração e conter o crescimento dos salários. Mas precisamos de afirmar que a democracia e os direitos não estão de quarentena, suspensos ou liquidados. Esta é a hora de os defender”, escreve o PCP na nota.
LINHA DE APOIO
Referindo que “este tipo de ilegalidades, arbitrariedades e abusos” podem e devem ser denunciadas às autoridades, os comunistas bracarenses disponibiliza também email [email protected] para que estes casos sejam denunciados e dúvidas esclarecidas.
Na mesma nota, o PCP afirma que a realidade do país e do distrito de Braga “confirma que a principal prioridade de resposta ao surto epidémico tem que ser a adopção de medidas de prevenção e de alargamento da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, visando o combate ao seu alastramento e a necessária resposta clínica”.
Em paralelo com esta “resposta prioritária”, os comunistas bracarenses destacam a necessidade de se “assegurarem medidas de segurança para o funcionamento de actividades económicas e da produção nacional de salvaguardar o abastecimento da região/país, designadamente ao nível alimentar combatendo a especulação dos preços, de produtos básicos e de medicamentos que se têm verificado”.