A directora-geral da Saúde disse que estão a ser avaliadas as decisões sobre a reabertura das escolas e sobre o aliviar da introdução de algumas medidas na vida dos portugueses, considerando que “há ainda muito trabalho para fazer”.
“É uma coisa muito complexa, não há uma resposta, nem uma data simples. Tem de ser analisado dia-a-dia, dado a dado, medida a medida para percebermos como vai ser a evolução”, disse Graça Freitas, em resposta aos jornalistas, sobre o regresso às aulas para os alunos do secundário.
Esta questão surge após o primeiro-ministro ter apontado, na sexta-feira, o dia 4 de Maio como a data limite para um recomeço das aulas presenciais que assegure o cumprimento com normalidade do calendário escolar, designadamente no ensino secundário.
Graça Freitas avançou que “não há uma resposta” em relação à data, “nem como vai ser feito e a que velocidade”.
“Neste momento, um grupo de académicos está a fazer estudos e a ver mais dados e informação para poder responder melhor a estas medidas que nós temos, em que datas é que podemos retirar algumas medidas de contenção social para em segurança voltar à vida mais ou menos normal, mas sem correr o risco de existir um aumento do numero de casos”, disse, frisando que este “equilíbrio difícil requer reflexão e muita ponderação”.
A directora-geral da Saúde explicou que este grupo de académicos está a fazer o acompanhamento da epidemia através de dados reais, que são reflectidos nos relatórios, e a projectar o futuro.
“Vamos acompanhando a introdução das medidas. Cada vez que é introduzida uma medida na nossa sociedade os cientistas veem o impacto dessa introdução na redução da doença ou na redução da curva”, afirmou, acrescentando que há “muito trabalho para fazer com as projecções destes académicos para perceber em que altura é que será útil começar a introduzir alguma normalidade”.