Na conferência de imprensa deste domingo para a divulgação dos dados da covid-19, a ministra da Saúde mencionou ainda uma análise mais pormenorizada aos casos confirmados entre o período de 1 a 7 de Maio. Nesta semana, o distrito de Braga representou 15& dos novos casos do país.
Nesse período houve mais 2.078 casos confirmados, mas só havia informação completa no sistema sobre 1.999 casos (92%).
Neste período, segundo Marta Temido, “55% dos casos correspondia a pessoas do sexo feminino, 17% ao grupo etário acima dos 80 anos e 16% ao grupo etário entre os 30 e os 39 anos. 36% dos casos eram residentes no distrito de Lisboa, 15% no distrito do Porto e 15% no de Braga.
43% dos casos eram sintomáticos e 30% assintomático, não havendo informação registada sobre a apresentação clínica dos demais, apelando a que essa informação seja dada.
Neste período e nos casos em que havia registo do local onde contraíram a infecção, 32% teriam sido contraídas em ambiente de lar, 32% entre coabitantes, 19% em ambiente laboral e 7% em ambiente social. Houve ainda 4% dos casos em que a infecção foi entre profissionais a trabalhar em estruturas sociais para idosos e 3% entre profissionais de saúde.
Houve surtos em 52 estruturas residenciais para idosos neste período, assim como 13 empresas privadas e a continuação de surtos que já tinham sido detectados antes em unidades de residências temporária para requerentes de asilo.
“É nestes focos sobretudo que a nossa atuação de desenvolvimento de uma saúde pública mais assertiva se irá continuar a concentrar”, disse Marta Temido.
Desde o dia 1 de Março foram realizados mais de 530 mil testes, sendo que 65% foram realizados no mês de Abril e quase 20% nos primeiros dias de maio. De 1 a 31 de Março foram feitos quase 80 mil testes, em Abril 347 mil testes e de 1 a 8 de Maio foram realizados mais de 105 mil testes.
A média de Abril era 11 500 testes dia, sendo que a média de maio é superior a 13 mil testes dias, sendo que nos dias 5,6 e 7 deste mês ultrapassaram-se mesmo os 15 mil testes por dia.
“A estratégia de desconfinamento está numa lógica de testar, testar, testar”, reiterou a ministra, não só de casos suspeitos, mas de prevenção em grupos considerados de risco. Depois dos lares, agora está a ser feita nas creches.
Sobre as creches, cuja atividade recomeça a 18 de Maio ou 1 de Junho, a ministra diz que está a ser feito um trabalho para garantir que os profissionais de creches têm os testes realizados.
“É um trabalho rigoroso, como foi o realizado em lares”, indicou.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indicou que as regras de boas práticas para as creches foram discutidas amplamente. “Estes últimos dias têm sido de um intensivo contacto entre a Saúde e o Ministério do Trabalho e os parceiros que estão envolvidos para encontrarmos um equilíbrio entre saúde e segurança, prevenção e controlo da infecção”, disse, indicando que só depois serão dadas oficialmente as indicações.