A Câmara de Amares aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, o novo tarifário dos serviços de abastecimento público de água, saneamento básico e lixo, que prevêem um aumento de 0,8%.
Na explicação do ponto, o presidente da autarquia, Manuel Moreira, disse que se trata de um aumento residual e que surge no seguimento das orientações da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR).
Embora tenha acabado por ser aprovada por unanimidade, a proposta começou por ser muito criticada pelo vereador do PS, Pedro Costa, que disse ser «imoral aumentar, por pouco que seja, os tarifários de serviços que tantos problemas têm dado».
«Temos um concelho com serviços terceiro-mundistas, em que o abastecimento de água e a recolha de lixo são vergonhosos. No último Verão houve pessoas que não tiveram uma gota de água durante um dia inteiro», apontou, anunciando a intenção de votar contra a proposta.
No entanto, a intervenção do vereador do Movimento Amares Independente e Solidário (MAIS), Emanuel Magalhães, fez alterar a intenção de Pedro Costa, uma vez que a Câmara mostrou-se disponível para lançar medidas de apoio em termos económicos.
Magalhães propôs «um período de carência» para que o tarifário não fosse aplicado desde Janeiro, tendo em conta a crise económica fruto da pandemia, dando assim um «sinal de apoio à população e aos empresários».
Essa foi uma ideia que o executivo recusou, mas Manuel Moreira disse que a autarquia poderá lançar um conjunto de medidas de apoio para minimizar os impactos da Covid-19.
«Não tenho problema em aprovar esta proposta se nas próximas semanas aprovarmos medidas de incentivo, bem mais ousadas do que a que implementamos há meses, para fazer face à pandemia», atirou Pedro Costa.