«Em momento algum exigi a saída do Senhor Padre. Apenas acompanhei o Senhor Presidente de Junta, em solidariedade com ele e com a população, no seguimento de mais uma atitude menos feliz do Padre Marcelo, mas esta é uma decisão apenas e só do Senhor Arcebispo». É assim que o presidente de Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo, reage à polémica em torno do pároco local, durante as comemorações oficiais do 27º aniversário da elevação do “Gerês a Vila”.
O autarca terrabourense acompanhou o presidente de junta na reunião com D. Jorge Ortiga, que serviu para dar conhecimento ao Arcebispo do ocorrido no passado sábado, quando a missa de comemoração do “Gerês Vila” não se realizou, nem a capela foi aberta.
«Só tenho que estar solidário com o meu presidente de junta e com a população local, mas qualquer decisão sobre a saída do padre apenas compete à Arquidiocese», esclarece, em declarações ao jornal “O Amarense & Caderno de Terras de Bouro”. «Não posso, não devo, nem quero ir além disto, pois são decisões que me ultrapassam», disse.
JUNTA: «O padre não tem condições para se manter cá»
O autarca de Vilar da Veiga, António Príncipe, foi mais longe: «O padre não tem condições para se manter cá. A partir do momento em que fechou as portas aos próprios paroquianos, deixando-os fora da capela, perdeu todas as condições», frisou.
Príncipe admite que possam existir «motivações políticas» na atitude de Marcelo Correia, que é o pároco de Vilar da Veiga, freguesia onde se inclui a Vila do Gerês, desde 2004.
Apesar das várias insistências, o jornal “O Amarense & Caderno de Terras de Bouro” continua sem conseguir contactar o sacerdote.