A Câmara de Amares vai discutir e aprovar, ainda este ano, um subsídio extraordinário no valor de cinco mil euros para atribuir aos Bombeiros Voluntários, anunciou o vice-presidente da autarquia.
Na reunião do executivo desta segunda-feira, liderada por Isidro Araújo devido ao isolamento profiláctico de Manuel Moreira, o vice-presidente disse que o Município está «disponível e pronto» para ajudar os Bombeiros.
Lamentou, no entanto, a existência de um clima de «coacção pública e por vezes até vexatório» para com o presidente da Câmara, lembrando as acusações que a Direcção dos Bombeiros fez a Manuel Moreira nos últimos dias.
«Aquilo que tem estado em causa é um braço de ferro devido ao pagamento dos seguros de trabalho e um aval para um empréstimo bancário. Ora, o Município não o podia fazer por questões legais», frisou.
Segundo Isidro Araújo, a autarquia pagava os seguros de acidentes de trabalho aos funcionários da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Amares, mas deixou de o fazer, «uma vez que a lei determina que seja a entidade empregadora a fazê-lo».
«No caso dos seguros de acidentes pessoais, o Município continua a pagar», explicou.
Além disso, acrescentou, a Câmara «também não pode ser avalizadora de empréstimos bancários de instituições»: «O que podemos fazer é, numa fase posterior, atribuir subsídios para ajudar a pagar os empréstimos».
O vice-presidente garantiu que a autarquia está «absolutamente consciente da importância que os Bombeiros têm no concelho» e garantiu que existe da parte de Manuel Moreira «total apreço» e «disponibilidade para resolver o problema».
«Por isso mesmo, ainda este ano, o senhor presidente trará a este órgão uma proposta de atribuição de um subsídio extraordinário, de cinco mil euros», anunciou.
O tema foi trazido à colação pelo vereador do PS, Pedro Costa, que pediu que sejam encontradas soluções para «resolver a querela» entre a autarquia e os Bombeiros de Amares, «que estão a atravessar dificuldades financeiras conhecidas».
«É necessário que da parte da Câmara os canais de comunicação estejam abertos para dialogar e ajudar. Independentemente das razões que possam assistir a cada um, é tempo de encontrar o machado de guerra e resolver esta situação», apelou.
O apelo foi também sublinhado pelo vereador do MAIS, Emanuel Magalhães, que sublinhou a importância de a situação ficar clarificada o mais rapidamente possível e de a autarquia poder libertar verba para ajudar os Bombeiros Voluntários.