A principal prioridade de investimento infra-estrutural para 2021 na área da Cultura são as novas instalações para o Arquivo Municipal de Braga, que deve ficar instalado no edifício da antiga Escola Francisco Sanches.
O Plano de Actividades agora aprovado pela Câmara refere que se trata de “recuperar este equipamento e instalar em definitivo e em condições modernas e optimizadas para as funções arquivistas, para o acesso aos investigadores, para a criação de uma sala de leitura e para a modernização dos sistemas de trabalho por forma a dar resposta adequada às novas exigências neste domínio”.
Em 2021, acrescenta o documento nesta parte elaborado pela vereadora Lídia Dias, “teremos a reabertura, após processo de reabilitação, do Museu da Imagem, e o avanço de trabalhos para a futura reabilitação da Casa dos Crivos”.
“Os restantes equipamentos municipais também serão alvo de um diagnóstico aprofundado visando a melhoria contínua da acessibilidade física, intelectual e social e da qualidade do acolhimento de públicos”, sublinha.
O Plano de Actividades para a Braga Cultura 2021 “reflecte a determinação da cidade candidata a Capital Europeia de Cultura 2027, através da emancipação das primeiras medidas e da execução efectiva da acção inscrita na Estratégia Cultural de Braga 2020-2030. Será também um ano marcado pela excepcionalidade que advém da pandemia Covid-19 e neste momento existe ainda uma grande incerteza em relação às iniciativas que se poderão realizar”.
No entanto, – sublinha – e neste particular o Município procura continuar as medidas criadas, excepcionalmente, em 2020, como o ACTUM-Convocatória Aberta de projectos artísticos ou o apoio à edição fonográfica, entre outras.
ABRIR A PORTA A 2027
Para além disso, – escreve o pelouro da Cultura – “uma certeza existe: chegou o momento de abrir a porta a 2027! A Cultura é, hoje, marca indelével e um dos principais eixos de intervenção municipal para a afirmação de Braga a nível nacional e europeu e assume-se como pilar de sustentabilidade, inclusão e coesão para o pleno desenvolvimento territorial e humano”.
E, prosseguindo, sublinha: “A acção cultural traz um retorno directo em termos económicos e mediáticos, mas principalmente em termos de capacitação para o pensamento crítico e exercício de uma cidadania participativa, fomentando directamente a formação de públicos e a incrementação de entidades cuja missão se integra na esfera do desenvolvimento local”.
E conclui: “Os bracarenses, hoje, sabem que podem fruir de acções e bens culturais, mas essencialmente têm uma maior consciência do seu valor e potencial. É hora de aproveitar a vitalidade cultural urbana e as dinâmicas enraizadas e fortemente identitárias para a construção de uma Cidade-Futuro no objectivo de um olhar integrado, abrangente e múltiplo”.