Search
Close this search box.
Search
Close this search box.
PRESIDENCIAIS 2021

PRESIDENCIAIS 2021 -
Freguesia de Barcelos apela ao “não voto” por falta de saneamento

Um grupo de cidadãos de Cambeses, Barcelos, está a promover um boicote às Eleições Presidenciais de domingo, apelando ao “não voto”, em protesto contra a falta de saneamento na freguesia.

José Campos, um dos dinamizadores do protesto, disse esta terça-feira à Lusa que, no domingo, haverá uma “pequena manifestação” em frente à Junta de Freguesia, para dar conta do “descontentamento” da população.

“Estamos há 12 anos à espera do saneamento, penso que é altura de elevarmos a nossa voz, para ver se as entidades responsáveis acordam”, referiu.

Explicou que em 2008 foram instaladas, na freguesia, as redes de água e saneamento.

Os moradores, acrescentou, “foram obrigados” a fazer a ligação à rede de água.

No entanto, a rede de saneamento “nunca foi ligada”.

As águas residuais “são despejadas para a via pública e colectores de águas pluviais que vão parar ao rio”.

“Cheira mal na freguesia e é um atentado à saúde pública”, refere um documento distribuído pelos organizadores do protesto.

Assim, os eleitores da freguesia são convidados a, no domingo, dirigirem-se até à Junta de Freguesia, onde vai decorrer o acto eleitoral, mas a ficarem à porta.

“Não vamos pôr cadeados nem nada disso. Quem quiser votar, poderá votar. Mas vamos estar lá a apelar ao não voto”, acrescentou José Campos.

Esta terça-feira, em videoconferência de imprensa, o presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, disse que a questão do saneamento em Cambeses “está dependente” da construção de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) em Cristelo, manifestando-se esperançado de que a obra seja financiada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR)

“Se não for possível, temos de arranjar uma forma”, acrescentou.

Quanto ao protesto anunciado para domingo, Costa Gomes disse compreender a vontade da população em dispor de uma rede de saneamento, mas frisou que “não vai ser o boicote que vai alterar a situação actual”.

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
COMENTÁRIOS
OUTRAS NOTÍCIAS