As novas instalações da Associação de Paralisia Cerebral de Braga, situadas em Carrazedo, em Amares, deverão ficar concluídas em Maio e entrar em funcionamento a partir de Setembro.
O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente da Direcção da associação, Luís Gonçalves, durante uma visita de trabalho à obra, que contou com a presença do presidente da Câmara, Manuel Moreira.
Inicialmente, as previsões apontavam para que as obras acabassem a 18 de Março, mas a existência de alguns problemas numa primeira fase, as condições meteorológicas e a pandemia Covid-19 “obrigaram” a estender o prazo até Maio.
«O que está acordado é que em Maio seja feita a entrega do edifício por parte da empresa responsável. A nossa expectativa é que tenhamos este espaço em funcionamento a partir de 1 de Setembro, para o novo ano lectivo», explicou Luís Gonçalves.
Fruto de um investimento total de cerca de cinco milhões de euros, fruto de capitais próprios e de um empréstimo bancário, a Associação de Paralisia Cerebral de Braga vai aumentar a capacidade do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) de 16 para 30 utentes e «dar outro tipo de respostas», nomeadamente através de terapias e da criação de um lar residencial que poderá receber 30 pessoas.
«Neste momento, a associação funciona em Braga, com 16 pessoas no CAO, porque não temos capacidade para mais. É um espaço muito curto para as terapias que temos para oferecer aos nossos clientes, daí que se tenha avançado para a criação deste edifício de raiz», sublinhou.
VÁRIAS TERAPIAS
No novo espaço, além do CAO, a Associação de Paralisia Cerebral de Braga vai dispor de serviços de fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional, assim como hipoterapia num “picadeiro” que já está a funcionar desde Julho passado.
Terá também uma piscina para fins terapêuticos e um ginásio, que poderão estar também acessíveis a utentes de outras instituições de cariz similar.
«Teremos também o lar residencial, que é a menina dos nossos olhos», sublinhou Luís Gonçalves.
Segundo o dirigente, o lar será «provavelmente a última valência a abrir», por toda a logística que envolve e por necessitar dos pareceres necessários, nomeadamente da Segurança Social.
«MARCA NO DISTRITO»
Para o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, as novas instalações da Associação de Paralisia Cerebral de Braga serão «uma marca no concelho e no próprio distrito».
O autarca destacou o envolvimento e o impulso dado pelo anterior presidente da associação, José Luís Alves, que «foi determinante» para poder avançar com um projecto de «extrema importância» para a sociedade.
Actualmente, a Associação de Paralisia Cerebral de Braga abrange nove concelhos do Minho e presta serviços, quer domiciliários, quer na sua sede em Braga, a pessoas com paralisia cerebral e doenças neurológicas afins.
«Somos a única IPSS [instituição particular de solidariedade social] do distrito de Braga que trata a paralisia cerebral, que é completamente diferente da deficiência menta. Esta é uma associação que dá um apoio especializado a um público-alvo que é igualmente muito especializado», resumiu o vice-presidente da Direcção, Vítor Martins, durante a visita de trabalho.