Os concelhos de Amares e de Vila Verde vão ser ligadas por uma ponte pedonal sobre o rio, num investimento de cerca de 550 mil euros, que se integra na Ecovia do Cávado-Homem.
A nova estrutura já está em execução e permitirá unir as duas margens, criando uma nova conexão entre as freguesias de Soutelo e de Lago, que poderá também ser ciclável.
A cerimónia simbólica de lançamento da primeira pedra foi realizada esta quarta-feira, junto à zona de lazer do Mirante, em Soutelo, em simultâneo com o início da execução do primeiro troço da ecovia no concelho de Vila Verde.
A Ecovia do Cávado-Homem é um projecto que envolve os seis municípios do Cávado e que pretende fazer a ligação entre o mar e a serra, ao longo de cerca de 75 quilómetros, entre Esposende e Terras de Bouro.
Tem um custo global de cerca de 12 milhões de euros, comparticipando por fundos comunitários, cabendo a cada município a execução no seu território.
FALTA FINANCIAMENTO
A sessão contou com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, a quem os autarcas de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro pediram verbas para poder avançar com as obras.
No caso de Amares, o presidente da Câmara, Manuel Moreira, explicou que o projecto está «praticamente terminado» e que, no próximo mês, «deverão ser assinados os protocolos» com os proprietários, mas faltam verbas para executar.
«São cerca de quatro milhões de euros. Esperamos que abra uma candidatura porque não temos capacidade para o fazer», referiu.
Essa via interligará depois com o projecto de mobilidade da autarquia, criando um circuito entre as escolas e a zona fluvial da Ombra, em Ferreiros, onde “encaixará” com a Ecovia do Cávado-Homem.
Em Terras de Bouro já está iniciada a primeira fase, que consiste na ligação entre o centro da vila e Gondoriz, de cerca de um quilómetro e 400 metros, que «deverá ficar concluída em Maio».
«Estamos a falar de 600 mil euros. Depois é necessário fazer o resto, ou seja, entre a vila de Terras de Bouro e Souto, no extremo do concelho. Temos o projecto e cerca de 80% dos terrenos estão negociados», explicou Manuel Tibo.
Falta, no entanto, o financiamento.
«Apresentámos uma candidatura ao Turismo de Portugal, cujo montante máximo era 400 mil euros. É muito insuficiente, porque precisaremos de milhão e meio de euros para essa ligação. É dinheiro que não temos», sustentou.