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Esposende estuda vestígios arqueológicos descobertos na praia de Guilheta

O mar expôs um conjunto de vestígios na praia de Guilheta, freguesia de S. Paio de Antas, em Esposende, que obrigaram o Serviço de Património Cultural do município a uma intervenção arqueológica de emergência.

Os serviços técnicos foram alertados por um munícipe que comunicou o aparecimento de algumas estruturas, após agitação marítima. Alertada, a equipa daquele serviço deslocou-se ao local e, atendendo ao risco de perda que apresentam, promoveu a limpeza e registo fotográfico e topográfico das estruturas então visíveis

A autarquia explica que numa primeira análise, os vestígios agora detectados estarão associados à exploração de recursos marinhos – possivelmente de sal – e remontarão à Idade Média ou à Época Romana.

Desde inícios de Março que o Serviço de Património Cultural está a acompanhar a dinâmica marítima e os seus efeitos na costa de Esposende, os quais têm revelado um conjunto de estruturas inéditas na praia de Guilheta (S. Paio de Antas).

Esta consistiu na identificação, na limpeza e no registo de meia dúzia de condutas ou canais e de mais de uma dezena de estruturas, a maioria das quais com cerca de cinco metros de comprimento e distribuídas por uma área com mais de 200 metros de extensão.

Graças à rede de contactos de investigadores de diferentes áreas científicas, é possível proceder-se a diversos registos, leituras e análises, sendo amplamente fomentada a interdisciplinaridade que permite enriquecer e melhor compreender os vestígios agora temporariamente expostos pela acção marítima.

A autarquia frisa que a também na década de 1970 se registou a presença de estruturas similares na costa de Esposende, em Sublago (Belinho) e Lontreiras (Mar/ Belinho), áreas que estão identificadas na Carta de Património Arqueológico de Esposende.

No litoral do Noroeste da Península Ibérica foram também registadas estruturas semelhantes, de entre as quais se destacam as de Angeiras (Matosinhos) e as de O Seixal (A Guarda) ou O Areal (Vigo), na Galiza.

Esta descoberta junta-se à de um navio Quinhentista foi descoberto na praia de Belinho e diversos materiais líticos associados ao período da Pré-História Antiga e fragmentos de cerâmica atribuíveis ao período romano foram igualmente detectados na praia da foz do ribeiro de Peralta, em Rio de Moinhos.

O município apela a todos os cidadãos para que, sempre que detectarem alguma estrutura que suscite interesse e análise, alertem os serviços do município. Para partilha de informações, pode entrar em contacto através de [email protected] ou do telefone 253 960 179.

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