O Ministério Público de Braga alegou esta segunda-feira no Tribunal de Instrução que a decisão instrutória de um caso de furto de 123 mil euros de contas bancárias, através do método de phishing, se mantenha nos mesmos termos da acusação, que envolveu 18 arguidos.
O grupo foi acusado de ter furtado, entre 2013 e 2014, através do método de “phishing”, a partir de Braga, 123 mil euros de dezenas de contas bancárias.
Já no final do debate instrutório, em que apenas falou um dos arguidos – para negar os crimes – o jurista Licínio Ramalho, que defende um dos principais implicados, defendeu que a acusação deve cair por não haver provas concretas, havendo apenas indícios.
O advogado João Ferreira Araújo, que defende outro dos principais arguidos, não compareceu na audiência.
BRASIL ENVOLVIDO
As alegadas fraudes vitimaram, maioritariamente, clientes do Montepio Geral, mas também do antigo Banif- Banco Internacional do Funchal.
O MP arquivou uma parte do inquérito, referente a 17 outros suspeitos: três por falta de provas e 14 por serem cidadãos brasileiros, residentes no Brasil, cuja identidade não foi possível apurar. De início, a investigação da PJ/Braga calculava que a fraude teria atingido, pelo menos, 300 mil euros.
A acusação diz que o “esquema” foi congeminado por três arguidos, Nuno Silva, Alexandrino Dias e Luís Correia, todos de Braga, os quais angariaram os outros 15, para que estes disponibilizassem contas bancárias para o dinheiro circular, as chamadas “contas mulas”.
O trio está acusado dos crimes de associação criminosa, falsidade informática, burla informática qualificada e branqueamento. Os restantes 15 foram acusados de associação criminosa e branqueamento.