Uma mãe de Barcelos, de 33 anos, bateu numa filha de quatro anos. Com uma bofetada, a criança caiu e partiu a clavícula. E ficou em estado de choque compulsivo. A progenitora vai agora ser julgada no Tribunal de Braga pelo crime de ofensa à integridade física grave qualificada.
O caso passou-se no dia 25 de Novembro de 2019, entre as oito e as nove horas da manhã. A mãe, de nome Célia, separada do companheiro, teve uma altercação com a menina que não queria vestir a roupa que lhe estava a indicar.
Deu-lhe, pelo menos, uma bofetada na face esquerda, desequilibrando-a, de tal forma, que caiu ao chão. E ficou a queixar-se de dores no ombro.
Apesar disso, a progenitora levou-a para o infantário, onde entrou pouco depois das nove horas.
Aí, a educadora de infância notou que a criança estava chorosa e se queixava de dores no ombro e braço. Notou também que tinha marcas vermelhas na cara e no pescoço, sinais de que teria sido esbofeteada.
CRISE COMPULSIVA
Pegou-lhe ao colo e notou que a menina não respondia às perguntas que lhe faziam. De repente, ficou imóvel e teve uma crise compulsiva, espumando pela boca, o que levou a educadora a chamar o INEM.
Foi, então, transportada ao Hospital de Braga, onde ficou internada nove dias na ala psiquiátrica infantil. Os exames detectaram-lhe uma fractura na clavícula e sinais de ter levado umas bofetadas no corpo.
Concluíram, ainda, que a menina ficou em estado de “mal compulsivo”. O que – dizem os peritos – é causa de morte em 20 por cento dos casos.
Ficou, ainda, com um calo ósseo, no ombro, mas que a não impede de mexer o braço.
Com estes dados, o Ministério Público acusou a mãe daquele crime.