Mia Couto, vencedor da terceira edição do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2021, manifestou vontade de contribuir para que «Esposende seja reconhecida como um centro de produção cultural». O escritor falava na sessão de entrega do Prémio que decorreu no Auditório Municipal de Esposende.
Mia Couto partilhou memórias para, a partir daí, explicar que a génese do livro “O Mapeador de Ausências”, que lhe valeu este Prémio Literário, foi partilhada com Patrícia, a sua companheira, com a sua filha mais velha e com o responsável editorial em Portugal, pois «não existe um único autor».
Sobre o Prémio Literário, Benjamim Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Esposende, afirmou que esta terceira edição, à qual concorreram 104 obras, de vários países de língua portuguesa, deu «um salto qualitativo», ficando associada a «uma referência na literatura».
Entre hoje e amanhã (sábado e domingo), haverá ainda dois momentos, duas tertúlias.
Na qualidade de Presidente do Júri, Sérgio Guimarães Sousa, apresentou o enquadramento do Prémio, de periodicidade bienal, referindo que foi instituído com o objectivo de «homenagear e divulgar o escritor e homem de cultura Manuel de Boaventura, bem como de incentivar a criatividade literária e o gosto pela escrita».
Sobre o autor da obra “O Mapeador de Ausências” e vencedor do prémio da actual edição, Sérgio Guimarães Sousa realçou a sua «intuição fabulosa» e «grande sensibilidade», que, de resto, salientou, já lhe valeram a conquista de conceituados prémios literários.
A sessão de entrega do prémio foi iniciada por um momento musical, a cargo da intérprete esposendense Raquel Boaventura Rego, familiar do escritor Manuel de Boaventura.