O candidato à liderança social-democrata Paulo Rangel anunciou, em conferência de imprensa, que Miguel Poiares Maduro aceitou ser o coordenador das bases do seu programa, enquanto Fernando Alexandre é o responsável pela coordenação da parte económica.
Rangel apresentou Fernando Alexandre, antigo secretário de Estado de Pedro Passos Coelho, como “o maior economista de referência no nosso país”.
“É uma grande notícia para o PSD e para o país”, disse o eurodeputado, que se referiu ao ex-ministro da Presidência Poiares Maduro como “um dos académicos e políticos portugueses de maior reputação internacional” e a Fernando Alexandre, como “aquele que é hoje o economista de referência da sociedade portuguesa”.
Além desses anúncios, Rangel voltou a deixar claro, como fizera na véspera em entrevista à RTP3, que se for eleito presidente do PSD “está fora de questão fazer renascer o Bloco Central de partidos e de interesses”.
Assim sendo, defendeu que o PS “será um voto inútil porque não se poderá somar à esquerda e porque o PSD recusará sempre o recurso a essa solução perniciosa”, deixando António Costa “sem condições para governar Portugal nos próximos anos”.
O eurodeputado atribuiu “responsabilidade por inteiro” pela crise política ao PS e a António Costa, após “seis anos de governação errática feita sempre com o apoio circunstancial e pontual, por vezes titubeante, dos partidos da esquerda radical”. E acusou essa “solução frágil, insegura e contraditória” de ter condicionado o crescimento económico nacional, levando a que Portugal tenha sido ultrapassado por cinco países da Europa de Leste ao mesmo tempo que “pôs em causa o Estado social” e “deixou em ruptura geral” a saúde pública.