A construção de um novo hospital que sirva as populações dos concelhos de Barcelos e Esposende e o perigo da “descaracterização” do SNS por falta de “medidas urgentes” foram os temas de uma tribuna pública que a CDU realizou esta quinta-feira.
Falando no centro histórico barcelense, Mário Figueiredo, o número 7 da Coligação Unitária Unida às Legislativas pelo distrito de Braga, fazendo eco das queixas dos utentes, frisou que “apesar dos investimentos já realizados, o Hospital de Barcelos apresenta inúmeras debilidades que impedem a unidade hospitalar de dar uma resposta cabal e atempada à população, bem como o obrigam a encaminhar os doentes para outros hospitais”.
“A construção das novas instalações do hospital, prometido, quer pelo PS, quer pelo PSD há vários anos tarda em efectivar-se”, referindo que as instalações daquela unidade hospitalar “estão há muitos anos subdimensionadas e desadequadas para a prestação de cuidados de saúde”, a que se juntam “as insuficiências do edificado”.
Já o cabeça-de-lista, Torcato Ribeiro, abordou a carência de profissionais de saúde no hospital.
“Após anos de política contra o Serviço Nacional de Saúde de Governos do PS e PSD, a manutenção do poder e a continuação do financiamento dos grupos económicos da saúde pelo Governo PS, abre espaço para uma crescente transferência de recursos humanos e materiais para o sector privado”, afirmou.
O candidato do PCP avisa que sem “medidas urgentes” que “permitam fixar e atrair profissionais, concretizar os investimentos em equipamentos e infra-estruturas e combater o desvio de recursos públicos, o SNS poderá ser irremediavelmente diminuído e descaracterizado” e lembrou que a CDU “tem tido uma intervenção continuada” tendo apresentado “diversas propostas na Assembleia da República exigindo a construção de um novo hospital”.