A Câmara Municipal de Paredes de Coura investiu 400 mil euros na Estratégia de Educação para a Transição Digital que visa preparar as gerações futuras para “um mercado profissional que não se conhece e profissões que ainda não foram inventadas”, anunciou este sábado o presidente da autarquia.
Segundo Vítor Paulo Pereira, este “é um passo de antecipação, que exige versatilidade num mundo digital e volátil” e visa “preparar os nossos alunos, os nossos jovens para os desafios de uma sociedade em constante mudança que consiga conciliar a inovação tecnológica com os modos de fazer, sejam eles tradicionais ou contemporâneos. Imaginar um ambiente de trabalho totalmente livre da presença de seres humanos não passa de ficção científica”.
“Mesmo os robôs mais avançados precisam da presença de técnicos especializados para sua manutenção e programação e além do mais será sempre necessária a mão humana como ferramenta produtiva”, sublinhou.
O presidente da Câmara courense sustenta que “a escola tem de ser um lugar aberto à modernidade tecnológica, sem, contudo, ficarmos deslumbrados e esquecermos as boas práticas do ensino tradicional. Contudo, é obvio que as novas tecnologias são ferramentas fundamentais para promoverem a inovação no processo de ensino-aprendizagem, ao mesmo tempo que estimulam a criatividade e a inovação”.
Assim, no âmbito desta Estratégia de Educação para a Transição Digital foram fornecidos e instalados 80 computadores no Agrupamento de Escolas para reforço das condições de acesso à informação e digitalização.
Paralelamente, estão em funcionamento e implementação duas incubadoras, a Elevadora e a Empreende Makers, que apostam num plano de formação gratuito que tem em vista estimular a criação e o empreendedorismo.
“A cultura maker [impressão 3D, o têxtil, corte laser) está entre nós. Sentimos que os nossos jovens têm a vontade de construir, consertar, modificar e produzir os seus próprios objectos. É esta capacidade de explorar o que está ao nosso alcance, que ajudará os nossos jovens a serem mais criativos, através das oportunidades e das potencialidades das novas tecnologias”, explicou Vítor Paulo Pereira.
A formação gratuita é feita, preferencialmente, em horário não laboral e destina-se a todos os públicos, abarcando áreas como a robótica, a testagem de programação, o inglês para o mundo empresarial, e as acções que incorporam a filosofia maker.