O Ministério Público deduziu acusação contra dois arguidos, imputando-lhes a prática, em co-autoria, de um crime de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida. Em causa está a morte do jovem Carlos Galiano, natural de Lago, após ter sido baleado no bairro do Fujacal, em Braga, em Outubro passado.
Numa nota publicada no seu “site”, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que o MP considerou indiciado que os dois arguidos, ambos nascidos em 1998, agiram em «comunhão de esforços» e dirigiram-se, no dia 05 de Outubro de 2021, pelas 02h00, a um estabelecimento de snack-bar na Rua Monsenhor Airosa, em Braga, onde sabiam que podiam encontrar Galiano.
A vítima era «um outro homem com quem estavam ambos inimizados por considerarem que as declarações que prestara tinham sido decisivas para a condenação de um deles em processo criminal anterior, dele pretendendo, por tal motivo, tirar desforço».
«Tendo encontrado a vítima nesse local, dirigiram-se ambos à mesma e o arguido que fora condenado, com uma arma de fogo de calibre 6.35 de que se munira, atingiu-a com dois disparos no abdómen, os quais lhe provocaram ferimentos que, apesar do pronto socorro hospitalar prestado, vieram a provocar-lhe a morte», explica.
Os disparos foram feitos por outro jovem, conhecido por “Max”, de 23 anos, que na tarde seguinte se entregou na PSP de Braga, confessando o crime. Este arguido, que também é natural do concelho de Amares, encontra-se desde então em prisão preventiva.