O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou esta quarta-feira, a necessidade da colaboração entre várias economias para superar os efeitos da guerra na Ucrânia.
Em Braga, em declarações aos jornalistas à entrada para o XV Encontro COTEC Europa, Marcelo afirmou que “a guerra continua” e que os seus efeitos “são uma preocupação”.
“Ainda hoje [quarta-feira] esteve a ser ponderada uma nova série de sanções à Federação Russa. A guerra continua, é uma preocupação, os efeitos da guerra são uma preocupação: a inflação, o custo de vida das pessoas, a recuperação das economias e a colaboração que tem de haver entre as várias economias”, referiu.
No encontrou que contou com a presença do Presidente da Itália e do Rei de Espanha, Marcelo referiu que “são três economias que têm muito a ver umas com as outras”, afirmando que os três países estão a “alinhar” para combater os efeitos da guerra.
“Espanha e Portugal estão alinhados, Itália e Portugal agora mais do que nunca e Itália e Espanha também”, afirmou.
Já no encerramento do XV Encontro COTEC Europa, Marcelo Rebelo de Sousa classificou a guerra na Ucrânia como “injusta, ilegítima e intolerável” e destacou o papel da Cultura como factor de inclusão, integração e paz.
No encontro que decorreu sob o lema ‘A cultura ao encontro da inovação’, o Presidente da República afirmou que “vale a pena celebrar” a cultura mesmo em tempos de guerra.
Até porque, sublinhou, a cultura “é também integração e inclusão”.
“Aqui, estamos a construir paz”, referiu.
Marcelo destacou Portugal, Espanha e Itália como “exemplos” de integração e inclusão de migrantes e refugiados.
“Nos nossos países, não há xenofobia”, vincou.
Para o Presidente da República, este encontro da COTEC assume-se, desde logo, como “um sinal de vida”, já que se realiza apesar da guerra “injusta, ilegítima e intolerável que devasta” a Ucrânia.
“Um sinal de vida contra a morte, de paz contra a guerra, de esperança contra a desesperança, de futuro contra o medo e paralisia no presente. Vale a pena sempre regressar à cultura, é como regressar a casa”, referiu.
Lembrou que a cultura é transversal a todos os sectores, desde a educação à saúde, passando pela solidariedade social, política ou diplomacia.
“A cultura atravessa tudo, tem um valor económico”, enfatizou.
Disse que Portugal, Espanha e Itália têm registado um crescendo de “investimentos uns nos outros” e defendeu que esse tem de continuar a ser o caminho, com o reforço da cooperação entre os três países.
“A COTEC nasceu para afirmar ainda mais as três economias”, rematou.
Com MadreMedia