Esposende aprovou por unanimidade esta quinta-feira, em reunião de Executivo Municipal, a adesão à rede de apoio ao investidor da diáspora e o estabelecimento de um protocolo de colaboração com a Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China.
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, estas resoluções inserem-se na “estratégia de desenvolvimento económico do concelho e na internacionalização da economia esposendense”.
O autarca considera – atendendo que a crescente inovação aberta e de competição assumem “um papel determinante no desenvolvimento de actividades promotoras e valorizadoras da economia e cultura do concelho” – , “fulcral”, a cooperação com outras entidades.
É com vista ao desenvolvimento dessa estratégia de cooperação que surge a assinatura de um protocolo que pretende estabelecer relações “mais profícuas” com a Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal-China (CCPC-PME.)
“O município e a CCPC-PME colaborarão activamente com o objectivo de promover a internacionalização das empresas com base na especialização produtiva da região e tendo em vista a promoção da projecção internacional da região junto dos mercados alvo definidos”, refere o protocolo.
Esta entidade desenvolve uma rede de competências e de informação nos domínios da economia, negócios, jurídico, tecnologia e informação, contribuindo para um espaço de partilha de experiências, trocas comerciais, transferência de know-how, aposta no conhecimento, nas novas tecnologias e na investigação científica, entendendo o município, deste modo, que esta “é uma oportunidade para promover a internacionalização das empresas da região”.
APOSTA NA DIÁSPORA
Já o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora, instituído pelo Governo, constitui mais um instrumento de afirmação internacional do concelho e de desenvolvimento do seu tecido económico e empresarial sendo dirigido a emigrantes portugueses e lusodescendentes que queiram investir ou alargar a sua actividade económica em Portugal.
Desta rede fazem parte 300 entidades que desenvolvem o trabalho de ligar serviços, nomeadamente as diferentes áreas da governação, as entidades regionais, os municípios ou até associações empresariais que podem apoiar o investimento da diáspora (em Portugal), estando dotadas de instrumentos para esse efeito.
No total, são cinco milhões de pessoas, entre os portugueses que residem no estrangeiro e os lusodescendentes, razão para ter em conta uma dimensão económica que tem que ser potenciada.
“Está subjacente a esta rede a ideia de atrair os emigrantes e lusodescendentes para fazerem investimentos no país. Esposende tem muitos cidadãos emigrados que se enquadram neste perfil”, sublinhou Benjamim Pereira. Com o alargamento da Rede de Apoio ao Investidor da Diáspora, “o município aproxima-se mais deste grupo de potenciais investidores”.