A Câmara de Amares aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, uma proposta para a classificação do projecto de construção do campo de golfe como de interesse municipal.
O executivo camarário aprovou igualmente a minuta do protocolo que a autarquia vai celebrar com os dois promotores, as sociedades “Sousa Pinto e Filhos” e “Ressus, Investimentos e Gestão”, com vista à criação do empreendimento.
O presidente da Câmara, Manuel Moreira, explicou que se trata de um investimento privado, de cerca de 60 milhões de euros, cabendo ao Município assumir um «papel facilitador» e a realização de uma intervenção no acesso até à entrada principal do campo.
«Há ainda alguns terrenos que precisam de ser desafectados da Reserva Agrícola, mas esse é um processo que está em andamento. O campo de golfe terá três pontos de entrada, sendo que a Câmara vai apenas investir dinheiro para fazer o arruamento junto à entrada principal», referiu.
O autarca acrescentou que o acordo estabelecido dá um prazo de sete anos para a implementação total do empreendimento, que além de um campo de golfe com nove buracos terá ainda uma academia de treino e ensino da modalidade, assim com um hotel e outras infra-estruturas de apoio.
Durante a discussão da proposta, o vereador do PS Emanuel Magalhães disse tratar-se de um projecto «importante para valorizar» o concelho de Amares, até em termos turísticos, mas pediu «exigência e rigor» ao executivo para que «este equipamento não traga no futuro problemas no consumo de água pública».
«O Município deve ser um parceiro facilitador, embora exigente, não abdicando em momento algum de tudo fazer para que seja respeitado e defendido o interesse público, nomeadamente no que toca ao consumo de água», frisou.
A área total disponível para a execução deste equipamento abrange uma ampla área integrando a Quinta da Ribeira, uma parte do Solar das Bouças e uma parte dos terrenos da Sociedade Agrícola Irmãos Eusébios.
A proposta terá agora de ser aprovada pela Assembleia Municipal.