O sistema de pagamento do estacionamento na Praça do Comércio, em Ferreiros, vai entrar em funcionamento no início do próximo ano, tanto à superfície como no parque subterrâneo, estando neste momento a ser ultimado o regulamento, que prevê a existência de período de carência e de regime de avenças.
Contactado pelo jornal “O Amarense”, o vereador da tutela, Vítor Ribeiro, começou por explicar que, numa primeira fase, o Município adquiriu um conjunto de equipamentos para o parque subterrâneo, «desde câmaras de filmar, sistemas de pagamento automático (nomeadamente por via verde), ou seja, meios reforçados e actualizados» que permitam ter um «sistema de última geração».
«Por opção, queremos cruzar o funcionamento de ambos os equipamentos de sistema de parqueamento pago, tanto o subterrâneo como o da superfície. Quer isto dizer que apesar de o parque subterrâneo estar completamente pronto, queremos colocar ambos a funcionar em simultâneo. Não faz sentido ter o parque subterrâneo regrado e o da superfície desregrado», disse.
O vereador considera que o facto de o estacionamento passar a ser pago «permitirá uma melhor gestão do espaço, garantindo que quem quer ir fazer compras no comércio em torno da praça consiga ter estacionamento para tal».
«Da forma que está, estamos a penalizar o comércio e a população em geral. Uma pessoa pode deixar lá o carro às 08h00 e entra no autocarro e depois vem buscar ao final da tarde… Não é o objectivo desse tipo de estacionamento. O estacionamento de superfície é para garantir que pessoas possam aceder ao comércio que está na envolvente da praça e é isso que se tentará fazer com o parqueamento pago», reforçou.
CARÊNCIA E AVENÇAS
Algumas das questões que estão em cima da mesa passam pela definição de um período de carência, o que irá permitir, segundo Vítor Ribeiro, «que as pessoas vão à farmácia, ao café ou fazer as suas compras e depois regressar, evitando que tenham custos com isso» e também a criação de um regime de avenças.
No primeiro caso, o vereador explica que «o que se pretende é dar um vazio de tempo, haver um período em que não se paga, para que as pessoas possam usar o comércio local sem ter grande despesa com isso e ao mesmo tempo garantir que há estacionamento».
Quanto ao segundo ponto, as definições são já mais visíveis e existem até alguns pedidos em andamento para conseguir as avenças.
«Aquando da compra dos equipamentos, esse assunto foi pensado, ou seja, quem tem aqui uma casa [comércio] aberta não faz sentido estar a ocupar lugar de superfície mas sim utilizar um lugar com regime de avença, algo que possibilitará ter um lugar garantido no parque subterrâneo e assim deixar livre a superfície precisamente para quem vai fazer as suas compras», vincou.
VALORES
Relativamente à definição dos valores que serão aplicados, Vítor Ribeiro disse que «há um regulamento de tarifas antigo que está de momento a ser revisto».
«A ideia desta medida não é ter uma fonte de receita, mas sim como forma de conseguir o estacionamento à superfície. Terá uma tarifa e tentaremos ter as mais reduzidas, muitas delas até já tabeladas pela legislação, mantendo a equidade e garantindo sempre um período de carência inicial. Estamos a apontar que esse período [carência] seja de 30 minutos, mas vamos aguardar pela versão final do regulamento», sublinhou.
Desenvolvimentos na edição impressa de Outubro, nas bancas.