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REGIÃO

REGIÃO -
PAN Famalicão quer saber posição oficial da autarquia sobre a realização de garraiadas no Concelho

A Comissão Política Concelhia do PAN Famalicão foi alertada para a «realização de uma garraiada na freguesia de Castelões no passado dia 12 de Novembro», tendo desta forma solicitado à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão uma «posição oficial sobre a realização deste tipo de eventos».

«Relativamente à realização de garraiadas no nosso concelho, lembramos que em 2019 deu entrada na Assembleia Municipal uma petição pública que visava a não realização de qualquer actividade tauromáquica, incluindo garraiadas, em todo o Concelho, devendo o município optar por alternativas que não incluam a exploração de outros animais para divertimento de apenas alguns. Esta é uma prática anacrónica que põe em causa a vida e o bem-estar do animal, que sofre actos cruéis por puro divertimento», refere Sandra Pimenta, porta-voz do partido.

Desta forma, o partido questionou a Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Castelões sobre a «legalidade da realização da garraiada e qual o parecer do IGAC (Inspeção Geral das Actividades Culturais)», tendo inclusive endereçado um «pedido de fiscalização sobre a mesma», através da Secretaria de Acção Jurídica do partido, uma vez que este tipo de práticas «não consta no Regulamento de espectáculos tauromáquicos e carece de licença municipal».

«Queremos saber de que lado este executivo se vai posicionar. Se do lado da evolução civilizacional ou se irá ficar preso a tradições que não respeitam a própria sensibilidade ética da sociedade moderna e actual», refere ainda Sandra Pimenta.

Para a Comissão Política Concelhia do PAN importa igualmente lembrar que o «próprio Comité dos Direitos da Criança da ONU já se pronunciou e instou os poucos Estados onde ainda se realizam estas actividades para a necessidade da adopção de medidas de sensibilização sobre a violência física e mental associada à tauromaquia e o seu impacto nas crianças», pode ler-se em nota enviada pelo PAN, onde acrescentam que «durante o tempo em que decorrem estas acções, acontece muitas vezes existirem crianças no público e outras que são incentivadas a participar, expondo-se, assim, as mesmas a práticas antinaturais, além de correndo, também, risco de vida ou ofensa à sua integridade física».

«LAMENTÁVEL QUE ESTE TIPO DE INICIATIVA AINDA EJA BANALIZADO EM PORTUGAL»

«É lamentável que este tipo de iniciativa ainda seja banalizado em Portugal. A alienação colectiva não pode ter lugar numa sociedade que se diz civilizada. O que assistimos é a um evento que consiste na instrumentalização de um animal para fins lucrativos, sendo que a actividade e o que decorre durante a sua realização é um acto grotesco, que deve efectivamente ser banido da nossa sociedade», finaliza Sandra Pimenta.

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