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Câmara de Vieira do Minho retira sistema de aquecimento e ar acondicionado de projecto de reabilitação de escola

O PS/Vieira do Minho criticou a autarquia por retirar o sistema de aquecimento e ar acondicionado previsto na requalificação de uma escola, acusando a maioria PSD de “incompetência”, a qual justificou a decisão com contenção de custos.

Em comunicado, o PS de Vieira do Minho conta que na última reunião camarária a maioria PSD aprovou a retirada do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC), que estava projectado na empreitada a decorrer na Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, “com o argumento de que os aquecedores eléctricos fazem a mesma função”.

“Este é mais um episódio que prejudica a comunidade escolar depois de a obra que foi inaugurada em Setembro [agora prossegue a segunda fase] continuar a demonstrar problemas graves. Não se percebe para que serviu a fiscalização da obra paga a uma empresa externa por mais de 50 mil euros quando os problemas na obra da escola são cada vez mais evidentes”, dizem os socialistas de Vieira do Minho.

Os vereadores do PS votaram contra a decisão do executivo maioritário do PSD de travar a colocação do sistema AVAC, que consideram que “tem de fazer parte da obra, pois os aquecedores existentes são uma solução de recurso”.

“Se uns meros aquecedores eram suficientes porque é que o projeto previa a colocação de AVAC?”, questiona o PS de Vieira do Minho.

Os vereadores do PS denunciam ainda que “basta que chova para que os baldes voltem aos corredores e salas da escola requalificada por cinco milhões de euros”, dando o exemplo do que aconteceu a 09 de março, “onde se vê [num vídeo] água a correr [no interior da escola] como no exterior”.

“Só há uma palavra para qualificar esta situação: incompetência”, acusa o PS de Vieira do Minho.

CONTENÇÃO DE CUSTOS

Questionada pela agência Lusa, a Câmara de Vieira do Minho, liderada por António Cardoso, confirma a decisão de retirar a instalação do sistema AVAC do projecto devido a restrições financeiras.

“A Câmara decidiu retirar o sistema de AVAC, que iria proporcionar o aquecimento das salas e a refrigeração da sala da direcção e secretaria administrativa, dado que a obra de requalificação já ultrapassou os 600 mil euros em relação ao valor previsto inicialmente e a cargo do município”, justifica o município, em resposta escrita.

A autarquia refere que “os vereadores do Partido Socialista votaram contra o aumento da despesa relativa à execução de trabalhos fundamentais e indispensáveis ao bom funcionamento do edifício”.

“A colocação deste sistema de AVAC, em nosso entender de elevado custo de instalação e manutenção, não se justificava dados os seus benefícios práticos, pois as salas de aula estão devidamente aquecidas, a sala da direção e secretaria, dada a sua localização, não estão muito expostas às variações térmicas que justifiquem tão elevado custo no seu arrefecimento”, salienta a autarquia PSD.

CHUVA

Quanto à denúncia do PS de Vieira do Minho de que continua a chover no interior do estabelecimento de ensino, o município considera que foi uma “situação pontual”.

“A escola tem uma área coberta de aproximadamente 6.600 metros quadrados, quer do edifício novo, quer dos restantes pavilhões requalificados, onde já existiam dezenas de tubos de queda, centenas de metros de caleiras nas coberturas e que, quando chove torrencialmente, como foi o caso de quinta-feira, 09 de março, em que até foi emitido pelo IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] aviso laranja, verifica-se a entrada pontual de água, como se constatou no caso relatado”, explica a autarquia.

Segundo a Câmara de Vieira do Minho, “tratou-se de uma situação pontual e anormal, tendo em conta a elevada precipitação e a grande área de cobertura” da escola.

Acrescenta que “as caleiras e os tubos de queda dimensionados e executados aquando da construção inicial da escola pelo Ministério da Educação não sofreram intervenções aquando das obras de requalificação”.

O município revela ainda ter registado, no mesmo dia, “outras situações deste género, com grande quantidade de água, em outros equipamentos, inclusive nos próprios Paços do Concelho, no próprio gabinete do presidente da Câmara”.

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