No dia em que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi ouvido no Congresso norte-americano depois da administração de Joe Biden avançar com a possibilidade de banir a aplicação do país, em Portugal, o Governo garantiu, esta quinta-feira, que que não vai aplicar qualquer proibição.
Em declarações à ‘Sábado’, o gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa defende um “uso seguro das ferramentas digitais em contexto profissional e em funções públicas”.
Por forma a garantir a segurança, o executivo sublinha a importância de a administração pública e os privados desenvolverem acções de sensibilização, para que os utilizadores tenham consciência dos riscos, nomeadamente nas questões de protecção de dados.
Apesar das suspeitas de que esses dados possam ser usados para levar a cabo esquemas de espionagem, a mesma fonte confirma a importância de dotar os utilizadores de ferramentas e comportamentos de utilização seguros, e não impedir a utilização de qualquer aplicação nos telemóveis oficiais.
Nos últimos anos, houve pelo menos cinco Governos nacionais, incluindo algumas das principais potências de segurança cibernética – Alemanha, Países Baixos e Estónia -, que impuseram restrições semelhantes.
Contactado pela Executive Digest, o TikTok lamentou a intenção de vários Governos europeus de bloquear a utilização da plataforma em dispositivos organizacionais e sublinhou as várias medidas tomadas pela gigante tecnológica para garantir maior segurança dos utilizadores europeus.
“Acreditamos que esta suspensão é errada e baseada em concepções erradas fundamentais”, começou por esclarecer o TikTok.
“Surpreende-nos que a Comissão Europeia não tenha contactado directamente o TikTok nem nos tenha dado qualquer explicação. Solicitámos uma reunião para esclarecer como protegemos os dados das 125 milhões de pessoas em toda a União Europeia que utilizam o TikTok todos os meses”.
A Executive Digest voltou a contactar o TikTok para perceber a opinião da plataforma da decisão do Governo português e aguarda comentários.
Com Multinews
